No início do ano, as análises pessimistas para Brasil ganharam coro no mercado. O Itaú Unibanco, entretanto, não embarcou nessas perspectivas.
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De acordo com Nicholas McCarthy, diretor de estratégia de investimentos, a instituição navegou 2023 com uma visão otimista – e segue com ela para o ano que vem.
“Achamos que o Brasil fez o dever de casa e está melhor posicionado para receber recursos de estrangeiros“, afirma McCarthy, durante coletiva promovida pelo Itaú Unibanco, ao lado de Gina Baccelli, economista-chefe de estratégia de investimentos da instituição. “O País não tem problema de solvência internacional. Não há cenário de desvalorização grande do real.”
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Segundo o executivo, o banco estava trabalhando entre viés neutro e comprado em relação ao Brasil desde dezembro de 2020. “Acreditávamos que o processo do Banco Central de subir juros antes do resto do mundo iria beneficiar o país, trazendo a inflação para baixo mais rapidamente. Hoje, o Brasil é um dos únicos países a fazer corte de juros e está com a inflação super bem ancorada.”
O diretor também não compra a tese de recessão no mundo no ano que vem. Para ele, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) já tem espaço para fazer corte de juros e a inflação nos EUA já não assusta tanto.
“Estamos entrando em 2024 em um cenário otimista”, afirma McCarthy. “Acreditamos que o dólar deva entrar em uma trajetória de queda mundialmente, contra todas as moedas, e que isso dure alguns anos. Nesse cenário, Europa, Ásia e países emergentes se valorizam mais do que bolsa americana.”