O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, argumentou há pouco que uma meta de inflação alta significa que, além dos problemas que o País já tem, ele terá também que lidar com uma inflação alta.
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Para Mesquita, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve manter a meta em 3% na reunião de amanhã, não alterar as bandas e mudar o regime para meta contínua. “Será um aprimoramento do regime de metas”, disse. “Até pela ausência de informações contrárias, parece que essa é a direção que o governo está caminhando, se for confirmada será uma boa notícia para a economia brasileira.”
O economista citou em seguida que uma meta de 3% é adotada também por países da América Latina, como Chile, Colômbia e México. Mesquita ainda classificou a possível decisão como um acerto. “Conterá as expectativas de inflação e ajudará o BC a iniciar o processo de flexibilização que ontem ele sinalizou claramente.” O Itaú prevê que o BC inicie os cortes da Selic em agosto, com duas reduções iniciais de 0,25 ponto porcentual e duas de 0,50 ponto até o final do ano, levando a Selic em 12,25% no fim de 2023.
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Para o fim de 2024, o banco, por ora, prevê a Selic em 10%. “Vamos esperar a confirmação da meta para talvez recalibrar”, disse. Ele reiterou na sequência que é importante que a decisão sobre a meta ajude a reancoragem das expectativas, favorecendo o processo de flexibilização monetária. “Uma decisão que atrapalhe a reancoragem, atrapalha a própria flexibilização monetária.”