Para Adriana dos Santos, líder do segmento de alta renda do Itaú Personnalité, o que falta para as mulheres é falar dos resultados gerados dentro dos seus segmentos de atuação e até mesmo dentro das suas famílias. “Precisamos ser mais agressivas e contar, com coragem e orgulho, a diferença que nós fazemos”, afirma.
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A executiva participou do painel “Mulheres líderes e protagonistas dos seus investimentos“, no evento Women Invest Summit, que ocorre nesta quinta-feira (28) em São Paulo. Na discussão, também estavam presentes Gina Baccelli, economista-chefe do Itaú Private Bank, Roberta Anchieta, diretora de administração fiduciária do Itaú Unibanco, Leila Nemes, do Íon Itaú, e Paola Sarkis, do Itaú Private Bank.
A falta de autoreconhecimento e autoconfiança das mulheres também é destacada por Sarkis, do Itaú Private Bank, no contato com famílias de alta renda. “Hoje, 40% dos nossos clientes são mulheres – desse percentual, apenas 25% tomam as decisões (dentro da família). A gestão do dia a dia, da rotina, está na mão das mulheres. Mas não a parte estratégica de como cuidar do patrimônio da família”, afirma a especialista.
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Por outro lado, elas se mostram interessadas em aprender sobre finanças e gestão. No “Private Academy”, como é chamada a ação de educação financeira para clientes do private do Itaú, elas representam 40% dos participantes.
A virada de chave desse cenário pode vir por meio da informação e da educação. Anchieta, diretora de administração fiduciária, com carreira acadêmica na área de matemática, afirma que é comum que mulheres acreditem serem piores em exatas. “Ouvimos desde pequenas que não somos boas em matemática. Nós podemos mudar a educação de nossos filhos e filhas para romper esse tipo de crença”, diz.
O Women Invest Summit é o primeiro Congresso para mulheres investidoras do Brasil. Este ano, o encontro está em sua segunda edição, com executivas de várias instituições financeiras, como Ágora Investimentos, Itaú, BTG, Geo Capital, Avenue e Hashdex.
