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Itaú BBA sobe preço-alvo da Copel (CPLE6) após privatização

O novo preço-alvo representa potencial valorização em relação ao último fechamento

Itaú BBA sobe preço-alvo da Copel (CPLE6) após privatização
Itaú Unibanco paga proventos a acionistas (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

O Itaú BBA aumentou o preço-alvo das ações PNB da Copel de R$ 9,6 para R$ 12 com base numa avaliação mais positiva após a oferta subsequente de ações (follow on) para privatização da companhia, com expectativa de ganho de eficiência e também em meio à renovação de concessões hidrelétricas.

O novo preço-alvo, de R$ 12 para as ações PNB, representa potencial valorização de 37,6% em relação ao último fechamento. Já as ações Ordinárias têm preço-alvo de R$ 10,9, potencial valorização de 32,7%. A recomendação Outperform (equivalente a compra) foi reiterada.
“Vemos o nome como um porto seguro no setor de serviços públicos com uma avaliação atraente, potenciais catalisadores futuros e baixo risco de execução”, escreveu o time de utilities do Itaú em relatório, apontando também uma taxa interna de retorno implícita (TIR) de 11,8% para Copel.

O banco estima que, em dois anos, deve haver corte de 15% nas despesas com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO), em parte devido ao programa de demissão voluntária da empresa. Ainda assim, a estimativa é mais conservadora do que a do guidance da companhia, segundo o qual o corte de PMSO deve ficar entre 15% e 25%. “Se assumíssemos uma poupança total de custos de 25%, o nosso
preço-alvo aumentaria 8,5%”, dizem os analistas.

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Além disso, “a Copel possui um volume considerável de energia não contratada a ser vendida nos próximos anos, principalmente após a renovação da Usina em Foz do Areia”, apontam. Em relação à venda de ativos, o Itau BBA espera que a Copel venda tanto a Compagas (distribuidora de gás) quanto a termelétrica Araucária em 2024. “Assumimos valor negativo de R$ 100 milhões para Araucária, dados os desafios para encontrar uma solução de gás para contratar a usina”.

O banco vê espaço para que a Copel aumente o pagamento de dividendos, mas ainda enxerga “baixa visibilidade” em potenciais mudanças na política atual de pagamento. “Nós projetamos um retorno de dividendos de cerca de 5% para os próximos anos se a política atual for seguida. Porém, vemos espaço no balanço da empresa para retornos mais altos, podendo alcançar 8%, na média, se o payout for de 80% (hoje é de 50%)”, diz o relatório.