Os investidores que quiserem adquirir uma fatia dos R$ 500 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) da Itaúsa (ITSA4) devem ter posição acionária na empresa até quinta-feira (19), última data que garante direito aos proventos.
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A empresa anunciou a distribuição dos valores nesta semana. Os R$ 500 milhões (R$ 0,0484 por ação) correspondem ao montante líquido de R$ 425 milhões (R$ 0,04114 por ação), considerando a retenção de 15% de Imposto de Renda (IR) na fonte para pessoas físicas. Os valores serão pagos até 30 de abril de 2025.
Vale mais a pena investir em Itaú ou Itaúsa para dividendos?
Em relatório recente, o UBS BB estimou um dividend yield (rendimento via dividendos) de 11,3% para a Itaúsa em 2025 – maior do que o do Itaú (ITUB4), projetado em 9,5%. Além disso, os analistas do banco avaliaram que a holding está sendo negociada com um desconto de 22,0% em relação ao valor líquido do ativo (NAV).
Com isso, o banco reiterou recomendação de compra para as ações da Itaúsa, com preço-alvo de R$ 13,70, o que representa um potencial de valorização de 22,87% em relação ao fechamento de terça-feira (17), quando os papéis terminaram o dia cotados a R$ 11,15.
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O UBS BB espera que o “forte fluxo” de proventos do Itaú deverá ser um dos principais impulsionadores para o preço das ações da Itaúsa no curto e médio prazo. “Como a maior parte da distribuição de capital do Itaú deve ser feita por meio de dividendos (e não juros sobre capital próprio), a ineficiência tributária da holding deve reduzir”, afirma o banco em relatório.
Pelos cálculos da casa, o Itaú deve distribuir R$ 59,5 bilhões até o final de 2025 (cerca de R$ 40,8 bilhões por meio de dividendos e R$ 18,7 bilhões por meio de JCP). Somado a isso, o UBS BB observa que a Itaúsa possui 37% do Itaú, então a holding deve receber R$ 22,0 bilhões até o final de 2025 – assumindo que a Itaúsa pagará todos os dividendos recebidos pelo Itaú aos seus acionistas.