Companhia Brasileira De Alumínio (CBAV3). (Foto: Adobe Stock)
O JPMorgan elevou o preço-alvo de CBA (CBAV3) para R$ 8, de R$ 7,50 anteriormente, afirmando que a empresa está posicionada de forma única na curva global de custos e emissões de alumínio, situando-se no primeiro quartil em ambos, devido ao seu perfil integrado e matriz energética limpa. O valor representa 135,98% de potencial valorização frente ao último fechamento (R$ 3,39). A recomendação é de overweight, equivalente a compra.
Os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini escrevem em relatório que a CBA obtém todas as suas receitas da venda de produtos de alumínio, enquanto 35% dos custos de produção são vinculados ao dólar em comparação com 100% das vendas. “Vemos essas suposições como os principais fatores voláteis que não estão sob controle da administração. Embora a CBA tenha realizado hedge de preços de commodities e câmbio no passado, essa prática foi suspensa a partir de maio de 2022”, indicam.
Uma das principais vantagens da CBA para a equipe do JPMorgan é que ela é totalmente integrada a fontes limpas de energia. A empresa possui 21 usinas hidrelétricas que atendem a todas as suas necessidades energéticas. A CBA também vende energia para terceiros.
Contudo, menor pluviosidade e menores reservas de água podem afetar negativamente a capacidade de produção de energia da empresa. Além disso, em um cenário de menor pluviosidade, a empresa pode ser obrigada a comprar energia mais cara da rede para cumprir seus contratos de energia com terceiros, resultando em custos mais altos do que o esperado.
Os analistas também indicam que a CBA (CBAV3) atualmente possui seis barragens de rejeitos ativas em suas operações de mineração. O aumento da fiscalização governamental após o colapso da barragem de Brumadinho em 2019 e problemas operacionais (como aqueles criados por chuvas intensas) podem afetar negativamente as operações de mineração de bauxita da empresa e afetar indiretamente suas operações industriais, concluem.