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Juros dos bônus da Europa não têm sinal único, com gás russo no radar

A Comissária de Energia da UE, Kadri Simson, estima que o corte do gás russo cortaria o PIB da UE em até 1,5%.

Juros dos bônus da Europa não têm sinal único, com gás russo no radar
Foto: Pixabay

Os retornos dos bônus dos principais países da Europa não firmaram sinal único hoje, em dia de noticiário atribulado, diante dos riscos de que a Rússia reduza a oferta de gás ao continente, com forte consequência negativa para a atividade. Além disso, as políticas da Itália e do Reino Unido estiveram em foco.

Já depois do fechamento no mercado europeu, o juro do bônus de 10 anos do Reino Unido caía a 2,143%, o da Alemanha a 1,257% e o da França a 1,830%. O retorno do bônus equivalente da Itália subia a 3,370% e o da Espanha avançava a 2,479%.

Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que seu país honrará seus compromissos no setor de gás, mas alertou sobre a chance de redução no fluxo do gasoduto Nord Stream, para a Europa. A estatal russa Gazprom, por sua vez, afirmou não ter recebido documentos para a retomada da operação do Nord Stream.

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A Comissária de Energia da União Europeia, Kadri Simson, estimou que um corte do gás russo cortaria o PIB da UE em até 1,5%. Nesse contexto, a Comissão Europeia anunciou plano para reduzir o consumo de gás em 15% até março de 2023.

Na política da região, o premiê da Itália, Mario Draghi, está ameaçado no posto e chegou a pedir demissão, não aceita pelo presidente. Hoje, Draghi apresentou ao Parlamento condições para seguir no cargo, em meio a divisões entre sua heterogênea base de governo.

Draghi é também ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE). A instituição está em foco na semana, já que amanhã deve elevar os juros. A maioria dos analistas projeta elevação de 25 pontos-base e o comando da instituição já sinalizou que dará esse passo, mas reportagens da imprensa internacional nos últimos dias dizem que, diante do quadro inflacionário, uma alta de 50 pontos-base estaria em discussão amanhã.

No Reino Unido, o processo para a escolha do próximo premiê se afunila. Na disputa interna do Partido Conservador para definir quem sucederá Boris Johnson no comando da sigla e, consequentemente, no posto de primeiro-ministro, Rishi Sunak e Liz Truss ficaram em primeiro e segunda em votação de hoje. Agora, eles devem ser votados pelos integrantes do partido, com resultado final previsto para 5 de setembro.