As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam perto da estabilidade nestes primeiros minutos de negociação, mas mostram ligeiro viés de alta nos vencimentos intermediários e longos. Nos últimos cinco dias de negociação, os juros futuros brasileiros avançaram em quatro. A resistência das taxas hoje, com leve inclinação, ocorre em sintonia com a alta do dólar e a percepção de risco fiscal e eleitoral no Brasil, afirmam profissionais do mercado. Além disso, o cenário é de maior cautela no exterior, que corrige o otimismo dos últimos dias diante de preocupações com a economia na Europa, na véspera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
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Na Europa, o risco de corte no fornecimento de gás da Rússia poderia reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) da região em até 1,5%, segundo estimou a comissária da União Europeia para energia, Kadri Simson. A Comissão Europeia divulgou hoje um plano que busca reduzir o consumo de gás em 15% na UE até março do ano que vem. Os juros de bônus europeus operam em baixa nesta manhã, em resposta ao cenário adverso na região.
Por aqui, o destaque neste início de dia fica por conta do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). O indicador calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) desacelerou a 0,52% na segunda prévia de julho, após registrar alta de 0,55% na mesma leitura de junho.
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Para Silvio Campos Neto, economista-chefe da Tendências Consultoria, os sinais externos sugerem uma sessão de movimentos limitados nos ativos brasileiros hoje, afetados também pelo clima de apreensão local. “Com o tema eleitoral entrando em cena e as renovadas turbulências internas, os ativos domésticos começam a incorporar um maior prêmio, em especial câmbio e juros longos.
Às 9h55, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2024 tinha taxa de 14,03%, a mesma taxa do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 13,48%, contra 13,44%. Na ponta longa da curva, a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 13,39%, ante 13,36% do ajuste anterior.