Por: Denise Abarca – O mercado de juros começou o dia sem direção definida, dividido entre testar uma correção da alta das taxas das duas últimas sessões e alguma cautela no exterior, sobretudo nas moedas, ainda com as questões fiscais domésticas no radar. Lá fora, o petróleo apresenta leve alta, após o tombo de ontem, os retornos dos Treasuries estão em queda e o índice DXY sobe com máximas em 20, especialmente pela fraqueza da libra, por sua vez, afetada pela crise política no Reino Unido.
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Às 9h16, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 estava em 12,83%, de 12,81% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2024, taxa de 13,545%, de 13,516% ontem.
Os economistas da Renascença Marcos Pessoa e César Garritano preveem oscilação limitada da curva na primeira parte da manhã, com possível viés de abertura de taxas, diante do movimento de perdas da maioria das moedas de risco e de leve alta dos yields das Treasuries. Lembram, porém, que os indicadores da economia dos EUA e a ata do Fomc deverão ser os drivers do dia. “Ressalta-se que nas últimas sessões tem ocorrido aumento dos riscos de recessão global, perspectiva que tem retirado considerável prêmio da curva de juros norte-americana”, avaliam.
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A ata da reunião do Federal Reserve será conhecida às 15h e poderá fornecer ao mercado pistas sobre o os próximos passos da autoridade monetária, que tem o desafio de controlar a inflação e, ao mesmo tempo, minimizar o risco de recessão na economia americana.
No Brasil, a agenda de indicadores é esvaziada e resta saber como o mercado vai receber o adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, também chamada de Kamikaze, em comissão especial da Câmara. A votação foi adiada na madrugada, após um pedido de vistas. Dessa forma, o texto só poderá ser votado na comissão a partir amanhã (07), dado que, quando há pedido de vistas, é preciso contar duas reuniões para que uma PEC volte para deliberação do colegiado, de acordo com o Regimento Interno da Câmara.