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Títulos do Tesouro americano batem recorde e derrubam Bolsa no Brasil

Investidor internacional renovou expectativas de que o banco central dos EUA manterá juros altos por mais tempo

Títulos do Tesouro americano batem recorde e derrubam Bolsa no Brasil
Fachada do Federal Reserve (banco central dos EUA) em Washington. Foto: REUTERS/Jim YOUNG
  • T-bond de 30 anos alcançou o maior rendimento desde abril de 2011
  • Ibovespa iniciou o dia positivo, mas foi para o vermelho no início da tarde diante do aumento de juros
  • Dólar chegou a subir brevemente ante o real, mas cedeu

Os juros longos das Treasuries, títulos do Tesouro americano, bateram novo recorde nesta quinta-feira (17) diante de uma expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos)  terá de manter as taxas altas por mais tempo para tentar arrefecer uma uma inflação que não cede à sua política contracionista.

Segundo informações do Broadcast, o T-bond de 30 anos alcançou o maior rendimento desde abril de 2011, num cenário de dúvidas sobre a economia mundial. Soma-se a isso a perspectiva de um volume maior de emissão de dívida dos Estados Unidos nos próximos meses.

O movimento tirou o fôlego dos mercados de ações globais, que mais cedo tinham um desempenho positivo, recuperando-se de parte das perdas acumuladas em agosto.

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No Brasil, o Ibovespa, que ainda não terminou nenhum pregão deste mês em alta, chegou a subir 0,88% na máxima da sessão desta quinta-feira, acompanhando a retomada no preço das commodities após a China reiterar o compromisso com o crescimento econômico.

No entanto, ficou no vermelho no início da tarde diante das dúvidas sobre a eficácia dos estímulos chineses à economia e da alta dos juros dos Treasuries. Às 15h13, o Ibovespa recuava 0,29%, aos 115.259,61 pontos. O dólar à vista permanecia em estabilidade, a R$ 4,9850. Na renda fixa, as taxas interbancárias (DI) para janeiro de 2025 operava a 10,56%, ante de 10,507% no ajuste anterior.

No mercado de câmbio, o dólar chegou a subir brevemente ante o real em reação ao avanço dos juros americanos, mas cedeu e voltou ao território negativo, onde passou boa parte do pregão. Pesam sobre o dólar a alta acumulada em relação ao real ao longo das últimas semanas – que aumenta a pressão por realização de lucro – e as notícias apontando que o Planalto e a Câmara dos Deputados estão avançando nas negociações para destravar a pauta de reformas econômicas.

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