Os juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (11), estabelecido ainda pela manhã, acompanhando a virada do dólar para baixo e se descolando da alta moderada dos rendimentos dos Treasuries. A agenda de indicadores foi fraca, o que reforçou a atenção do mercado ao noticiário envolvendo a Petrobras (PETR4) e os riscos fiscais, antes dos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, amanhã.
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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou 9,870%, de 9,890% na sexta-feira, e o DI para janeiro de 2026, com taxa de 9,70% (mínima), de 9,75% na sessão anterior. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 9,93%, na mínima, (de 9,98%) e o DI para janeiro de 2029, com taxa de 10,40%, de 10,44%.
O câmbio serviu hoje de referência para a curva desde cedo, com as taxas acompanhando de perto as idas e vindas da moeda. Começaram o dia em alta e passaram a cair com o alívio no dólar, contrariando o sinal positivo dos yields dos Treasuries. A moeda americana chegou a tocar os R$ 5 no máxima, em linha com a tendência externa, mas tal nível acabou atraindo fluxo e levando à troca de sinal. No fechamento, estava em R$ 4,9784 (-0,05%) no segmento à vista.
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O gatilho para a recuperação do mercados de câmbio e DI veio da expectativa de reversão da decisão do Conselho da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários, após o Broadcast informar que o grupo de conselheiros indicado pelo governo poderia reconsiderar a questão. O mercado se animou com a possibilidade, até porque o presidente da empresa, Jean Paul Prates, se reuniria nesta tarde com o presidente Lula, que, segundo O Globo, teria arbitrado a disputa em torno dos dividendos depois de duas reuniões no Palácio do Planalto que não constaram na agenda oficial.
A expectativa pela reunião renovou a esperança de uma reviravolta no caso, blindando a curva de juros do impacto do aumento da cautela no exterior à tarde, quando as taxas dos Treasuries ampliaram o ritmo de alta, com a T-Note de dez aos voltando a operar nos 4,10%.
Também nesta terça-feira será dia de inflação no Brasil, com a publicação do IPCA de fevereiro. As taxas chegaram a tocar as mínimas no meio da tarde com o mercado ajustando posições a uma eventual surpresa positiva com o dado, mas o movimento não prosperou após a divulgação de trechos de uma entrevista de Lula, que vai ao ar no SBT Brasil nesta noite, nos quais fala sobre a Petrobras.
Lula afirma que a empresa “não pode só pensar nos acionistas”, mas também em investimentos para 200 milhões de brasileiros. “Tenho compromisso de reduzir preço dos combustíveis e gás de cozinha. Não tem por que ter preço dos combustíveis equiparado ao internacional”, disse. As declarações foram dadas ao SBT na manhã desta segunda-feira, antes da reunião de Lula com Prates.
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Sobre o IPCA, a mediana das estimativas é de 0,78%, ante 0,42% em janeiro. Para os preços de abertura, a expectativa é de que ganhem fôlego os núcleos, livres, administrados e serviços. Por outro lado, devem arrefecer os preços de serviços subjacentes, alimentação no domicílio e bens industriais.