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Juros recuam, na esteira dos rendimentos dos títulos de dívida dos EUA

A expectativa pela ata do banco central do país norte-americano também esteve em destaque na sessão

Juros recuam, na esteira dos rendimentos dos títulos de dívida dos EUA
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os juros futuros caíram em toda a curva nesta terça-feira (21), refletindo o recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), à véspera da divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária dos Estados Unidos. Segundo profissionais do mercado, em meio à agenda esvaziada aqui e lá fora, investidores aproveitaram para retirar parte dos prêmios de risco embutidos na curva doméstica nas últimas semanas.

As taxas de todos os contratos de depósito interfinanceiro (DI) recuaram na comparação com os ajustes de ontem. O juro do contrato para janeiro de 2025 cedeu de 10,375% para 10,360%, o do DI para janeiro de 2027 passou de 11,059% para 11,015% e o do contrato para janeiro de 2029, de 11,551% para 11,500%.

Assim como ontem, o comportamento dos Treasuries deu o tom dos juros brasileiros na sessão. As taxas dos títulos americanos operaram em baixa ao longo do dia, enquanto o mercado ajustava as expectativas pela publicação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de maio, amanhã, que pode trazer sinais sobre os próximos passos do BC americano.

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“O fechamento da curva de juros americana acabou favorecendo uma redução do prêmio na nossa curva”, afirma o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno. “Com a calmaria dos mercados lá fora, o investidor estrangeiro também pode ter decidido aplicar um pouco aqui, dadas as nossas taxas atrativas.”

Uma nova bateria de discursos de dirigentes do Fed também ajudou a derrubar os Treasuries e, por consequência, os juros domésticos. À tarde, o diretor Christopher Waller voltou a dizer que não espera um novo aperto da política monetária americana. Antes, pela manhã, já havia afirmado que o viés dos dados de inflação nos Estados Unidos é “mais de baixa do que de alta.”

Segundo o gestor de portfólio de wealth management da B. Side, Jonas Chen, a curva brasileira continua dependente das perspectivas do mercado para os próximos passos da política monetária americana. “Hoje, seguramente, em questão de preços, a curva americana tem o maior peso. Enquanto não começar o ciclo de cortes lá, isso acaba colocando o piso para os demais países em relação aos juros”, afirma.

Na agenda doméstica, os dados da arrecadação de abril foram o destaque do dia. A Receita Federal informou que o governo obteve R$ 228,873 bilhões com impostos e contribuições federais no mês, em linha com a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de R$ 228,3 bilhões.

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