Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) caíram nesta terça-feira (21), após três sessões de ganhos e ainda com foco em declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Embora os dirigentes não mostrem pressa por cortar juros, a grande maioria do comando do BC dos Estados Unidos não mostra disposição para elevá-los mais, ponderando sobre o momento em que pode haver confiança para reduzir as taxas mais adiante.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,828%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,411% e o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 4,548%.
Diretor do Fed, Christopher Waller afirmou hoje que não considera que será necessário elevar juros. Segundo ele, caso os dados dos próximos meses colaborem, pode haver corte nas taxas no fim deste ano. O dirigente ainda considerou que o viés atual dos dados de inflação é “mais de baixa que de alta”, no atual contexto. Já Raphael Bostic, presidente da distrital de Atlanta, alertou para o risco de um salto em gastos reprimidos, quando houver um primeiro corte de juros, e acrescentou que deseja esperar mais tempo para evitar que isso aconteça.
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Na avaliação da Navellier, a sinalização dos dirigentes do Fed nesta semana continua a ser de reforçar que qualquer alta nos juros é “altamente improvável”. Além disso, a percepção do BC é que a inflação deve voltar a desacelerar em breve, embora os dirigentes estejam ressalvando que é preciso vários meses “na direção certa para começar os cortes nas taxas”.
O Goldman Sachs, em linha similar, via o Fed “à espera de mais evidências de desinflação”. O banco comenta, em relatório, o ajuste nos últimos meses na expectativa do mercado, agora projetando bem menos cortes de juros em todo o ano atual ou mesmo apenas um, de 25 pontos-base, a depender do quadro. Os economistas do Goldman nos EUA ainda projetam duas reduções de 25 pontos-base neste ano, em julho e novembro, aponta o relatório.