Os rendimentos dos Treasuries avançaram nesta sessão, diante da publicação de dados da economia dos Estados Unidos que reforçaram um quadro robusta para a atividade no país. Diante deste cenário, a perspectiva de maior aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) para conter a inflação prevaleceu, o que deu forças aos juros, que em alguns casos renovaram altas em anos.
Leia também
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos tinha alta a 5,203%, o da T-note de 10 anos subia a 4,833% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,931%. Durante a sessão, o juro da T-note de 5 anos chegou a 4,894%, maior nível desde julho de 2007.
A probabilidade de o Fed deixar sua política monetária inalterada até dezembro recuou depois que as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,7% em setembro na variação mensal, bem acima da previsão de 0,3% de analistas consultados pela FactSet. O avanço de 0,3% da produção industrial no mesmo período, superando o consenso de queda de 0,1%, também serviu para apoiar a expectativa de um banco central menos brando.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A Oxford Economics apontou, em relatório, que o forte aumento nas vendas do varejo e revisões para cima dos meses anteriores encerram um trimestre de expressivo avanço no consumo real. Como resultado, a força da economia americana deixa aberta a porta para que o banco central dos EUA volte a elevar juros, na visão da consultoria. “A robustez dos gastos no final do terceiro trimestre, juntamente com a continuidade dos sólidos ganhos de emprego, significa que a economia (dos EUA) está entrando no quarto trimestre com mais ímpeto do que pensávamos anteriormente”, avalia.
Para o Citi, juntamente com os recentes números fortes do emprego e a inflação elevada, não é surpresa que os rendimentos dos Treasuries subam. Embora os responsáveis pela política do Fed possam estar se unindo na opinião de que poderão não ser necessários mais aumentos das taxas de juro, a perspectiva de cortes nas taxas de juro está num futuro distante e a curva de rendimentos precisa de continuar a ser reavaliada para isso, diz o banco.