Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) caíram nesta segunda-feira (29), com pressão intensificada no final da tarde, após o Tesouro dos EUA reduzir as estimativas para o volume de empréstimos que deve tomar no primeiro trimestre deste ano.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos recuava a 4,307%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,078% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,327%.
Os rendimentos já vinham em baixa desde cedo, à medida que investidores aproveitavam a agenda econômica para se posicionar antes da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na quarta-feira (31). As tensões geopolíticas no Oriente Médio também ampliaram a demanda pela renda fixa, o que se traduziu em maior retração dos retornos.
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A pressão se acelerou logo após o comunicado do Tesouro. O órgão estima que tomará US$ 760 bilhões em empréstimo no mercado no primeiro trimestre deste ano, US$ 55 bilhões a menos do que esperava na atualização de outubro. Para o segundo trimestre, o volume deve ter desaceleração ainda mais acentuada, a US$ 202 bilhões.
Segundo o BMO Capital Markets, agora o que falta é saber de que maneira o Tesouro buscará esse financiamento, uma questão que será respondida na quarta-feira. Antes disso, no entanto, o foco será uma sequência de indicadores agendados para amanhã, entre eles o relatório Jolts de abertura de vagas.
O banco avalia que um dado menor que o esperado elevaria as chances de o Fed cortar juros já em março. Atualmente, a curva futura precifica probabilidade equilibrada de o ciclo de relaxamento começar naquele mês, embora o cenário de manutenção siga com leve vantagem, conforme a plataforma de monitoramento do CME Group.