As taxas dos Treasuries de longo prazo voltaram a subir nesta quinta-feira, enquanto os rendimentos projetados em títulos de curto prazo acabaram corrigindo com queda parte do avanço da véspera. Investidores seguem assimilando sinalizações de permanência de políticas restritivas pelos bancos centrais de países desenvolvidos. Em um mercado ainda sob efeito da decisão do Federal Reserve na véspera, os investidores receberam hoje sinais de firmeza do mercado de trabalho dos EUA com os pedidos iniciais de auxílio-desemprego abaixo do esperado, o que foi interpretado como um endosso à cautela do BC americano.
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Por volta das 17h00 (de Brasília), o juro projetado pela T-note de 2 anos cedia a 5,135%, após ter flertado com o patamar de 5,20% mais cedo. O rendimento da T-note de 10 anos avançava a 4,478%, ante 4,372% no fim do dia de ontem. O rendimento do T-bond de 30 anos marcava 4,565%, um avanço ante o nível de 4,412% ontem.
“A queda nos pedidos de auxílio-desemprego foi digna de nota; regressando a níveis não observados desde janeiro e reforçando o pressuposto da Fed de que a força do mercado de trabalho continuará a reforçar o mantra de nível alto por mais tempo”, escreveram os analistas da BMO Capital Ian Lyngen e Ben Jeffery em nota. Para eles, a pressão do aumento da inclinação da curva nesta quinta-feira foi dramática – para dizer o mínimo. O spread dos títulos de 2 anos como o de 10 anos foram negociados em uma faixa de -77,6 pontos-base a -64,9 pontos-base, notaram.
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Para a instituição, como parte do papel do Fed é ser um defensor da economia dos EUA, o presidente do BC americano, Jerome Powell, corre o risco de exagerar quanto ao otimismo sobre o ritmo econômico do país, deixando os ativos de risco vulneráveis às consequências dos rendimentos reais mais elevados.
Nesta manhã, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juros inalterada com um placar com margem apertada.