Os juros dos Treasuries operaram em queda nesta quarta-feira (20), apesar da tentativa de dirigentes do Federal Reserve (Fed) de ponderar as perspectivas para os cortes de taxas pela autoridade no próximo ano. Mesmo com seguidas manifestações de dirigentes, as apostas majoritárias de investidores segue pelo começo do corte de juros em março. Antes do final de 2023, alguns indicadores ainda devem oferecer sinais sobre o quadro da economia americana e da inflação nos Estados Unidos.
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Por volta das 18h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía a 4,365%, o da T-note de 10 anos baixava a 3,856%, e o do T-bond de 30 anos cedia a 3,978%.
Nesta manhã, a chance de o Fed cortar a taxa básica em março alcançou 80%, conforme a plataforma de monitoramento do CME Group. Ontem, no entanto, o presidente da distrital de Chicago, Austan Goolsbee, alertou que o Fed não será forçado a tomar as decisões que o mercado precifica.
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Hoje, o presidente do Fed Filadélfia, Patrick Harker, enfatizou que, apesar de todo o progresso que a economia americana vem fazendo na luta contra a inflação, o Fed ainda não vai cortar taxas em um futuro próximo. “Precisamos segurar os níveis de juros por enquanto”, disse ele em entrevista à Rádio WHYY, ao avaliar que, a inflação chegou ao pico nos EUA devido a uma crença em “dados mais leves”, isto é, ao apego dos conselheiros do Fed aos recortes positivos dos dados econômicos do país. Harker avalia que o mesmo erro não será cometido duas vezes, e por isso os cortes de juros serão graduais.
Amanhã, serão divulgados os pedidos de auxílio-desemprego da semana até 16 de dezembro. Já na sexta-feira, há a publicação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de novembro, a medida preferida de inflação para o Fed. No mesmo dia, a Universidade de Michigan publica seu índice de sentimento do consumidor de dezembro, junto das expectativas de inflação.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou que leiloou hoje US$ 13 bilhões em T-bonds de 20 anos, com rendimento máximo de 4,213% – abaixo da média recente de 4,285%, de acordo com o BMO. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,55 vezes, também abaixo da média recente, de 2,68 vezes.