Os rendimentos dos títulos do Tesouro voltaram a recuar nesta quinta-feira, após o New York Community Bancorp induzir preocupações sobre bancos regionais nos EUA, em um movimento que ampliou a demanda pela segurança da renda fixa. Ivestidores se preparam para a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos nesta sexta-feira, uma peça crucial para ajuste das expectativas sobre a durabilidade do atual nível da taxa básica de juros. O movimento dos títulos da dívida ocorre mesmo após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ter esvaziado a expectativa de iniciar um alívio monetário em março, como previa boa parte do mercado.
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Por volta das 18h, a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,196%, de 4,221% ontem, enquanto a taxa da T-note de 10 anos operava a 3,856%, de 3,953%. No mesmo horário, o juro projetado no T-Bond de 30 anos rondava 4,096%, ante 4,194% no fim do dia de ontem.
A Capital Economics afirma que o movimento de hoje reflete, em parte, “preocupações renovadas relativas aos bancos regionais dos EUA e serve de lembrete de que, para a maioria dos rendimentos dos títulos de governo e das moedas, a profundidade de corte de juros dos bancos centrais é mais importante do que quando o fazem”.
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O analista da BMO Capital Markets, Vail Hartman, disse que mesmo depois do comentário de Powell, na quarta-feira, de que não acredita que seja provável que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) alcance um nível de confiança por ocasião da reunião de março para identificar que é o momento de fazer [cortes nas taxas], as probabilidades de uma mudança aumentaram diante do potencial de contágio prolongado dentro do sistema bancário.
A expectativa para o relatório do mercado de trabalho, o payroll, é de criação de 185.000 vagas em janeiro, de um número de 216.000 em dezembro.
Entre os dados divulgados hoje, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) avançou de 47,4 em dezembro a 49,1 em janeiro, ante previsão de 47,2 dos analistas ouvidos pela Factset Já o custo unitário da mão de obra subiu 0,5% na preliminar para o quarto trimestre, ante expectativa de avanço de 2,0%.