O Méliuz (CASH3), empresa especializada em cashback e que recentemente passou a ter bitcoin em caixa – relembre esse processo -, reportou lucro líquido ajustado consolidado de R$ 8,5 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 61% ante igual intervalo do ano anterior. No critério sem ajuste, registrou lucro líquido consolidado de R$ 7,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 60,8 milhões do segundo trimestre de 2024.
O Ebitda(lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado consolidado ficou em R$ 13 milhões, um recuo anual de 14%. Já o Ebitda sem ajuste consolidado ficou em R$ 12 milhões, ante um montante negativo de 67,6 milhões de um ano antes.
As comparações não ajustadas trazem melhoras significativas porque, no segundo trimestre do ano passado, o balanço foi afetado pelo registro da desvalorização (impairment) da controlada Picodi, operação internacional do Méliuz, de R$ 82,8 milhões.
O Méliuz teve o seu primeiro resultado trimestral inteiramente impactado pela estratégia de ter bitcoin na tesouraria. A companhia fechou julho com 595,7 unidades de bitcoin. Pela cotação de 5 de agosto, o montante é equivalente a R$ 374,7 milhões. Considerando o preço médio de compra de US$ 103.188,98 por bitcoin, a companhia registrou uma valorização de mais de R$ 30 milhões. “Esta parte não está refletida no balanço, por conta das regras contábeis, o valor que apresentamos no resultado é o que compramos o ativo, não podemos registrar a marcação à mercado”, afirma o CEO Gabriel Loures.
Entre abril e junho de 2025, a receita líquida consolidada atingiu R$ 97,8 milhões, aumento de 12% em relação aos R$ 87,6 milhões reportados um ano antes. Loures destaca que este é o melhor segundo trimestre da história da companhia em termos de receita, Ebitda e lucro líquido.
Já o GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,278 bilhão na vertical Shopping Brasil, alta anual de 17%. No release de resultados, a empresa aponta que o desempenho reflete os esforços comerciais, com maior volume de campanhas de marketing.
A Méliuz (CASH3) não abre o número de novos compradores, mas informa que na comparação anual o total avançou em 33%. Já o número de contas no Méliuz atingiu 43,1 milhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 29% ante um ano antes.