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Mercado Livre (MELI): ações tombam em NY após resultados trimestrais

Empresa reportou lucro líquido de US$ 165 milhões no quarto trimestre de 2023

Mercado Livre (MELI): ações tombam em NY após resultados trimestrais
Mercado Livre Foto: Aline Bronzati/Estadão

As ações do Mercado Livre (MELI) operam em forte queda na Nasdaq nesta sexta-feira (23). Após a divulgação dos resultados trimestrais da empresa, os papéis recuam 9,38% nesta tarde, cotados a US$ 1.647,40, após oscilarem entre máxima de US$ 1.670 e mínima de US$ 1.577. No mesmo horário, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da companhia (MELI34), negociados na B3, caem 0,36%, sendo negociados a R$ 68,25.

No quarto trimestre de 2023, o Mercado Livre reportou lucro líquido de US$ 165 milhões, alta de 0,6% em relação ao resultado observado no mesmo intervalo de 2022, quando a companhia relatou lucro líquido de US$ 164 milhões. Já a receita líquida veio em linha com as estimativas da Genial Investimentos e atingiu US$ 4,7 bilhões, um aumento de 41,9% na comparação anual.

Para a corretora, a companhia reportou uma boa tendência de crescimento, tanto no e-commerce, quanto na fintech Mercado Pago no último trimestre. Ainda assim, os números do período foram impactados por despesas não recorrentes. “Dado esse efeito, o resultado operacional e o lucro do período vieram abaixo de nossas expectativas e também abaixo do consenso”, afirmaram os analistas Nina Mirazon, Antonio Cozman, Iago Souza e Vinicius Esteves, que assinaram o relatório da casa.

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O Mercado Livre reportou um volume de vendas consolidado de US$ 13,4 bilhões, com a performance do trimestre tendo sido impulsionada pelo ritmo de crescimento de itens vendidos, que atingiu o maior patamar desde o segundo trimestre de 2021. O resultado operacional, por sua vez, ficou em US$ 240 milhões, o que representa um recuo anual de 31%.

A empresa reportou um gasto não recorrente de US$ 89 milhões nos custos. Desse montante, US$ 58 milhões se referem a um provisionamento relacionado a processos judiciais correntes, enquanto os US$ 31 milhões restantes são relativos ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à necessidade de pagamento retroativo do Diferencial de Alíquotas (DIFAL) referente ao período entre abril e dezembro de 2022. O DIFAL representa o valor da diferença entre a alíquota interna do Estado a que se destina uma mercadoria, e a alíquota interestadual do Estado remetente.

O segundo gasto não recorrente do trimestre reportado pela empresa, de US$ 320 milhões, envolve uma provisão relativa a processos judiciais em curso que discutem a possibilidade de cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre pagamentos das subsidiárias brasileiras à subsidiária argentina pela prestação de serviços de suporte informático e outros serviços de TI

Segundo o Mercado Livre, o risco de perder o caso é agora provável, levando ao provisionamento desses gastos no trimestre. Do valor total, US$ 58 milhões foram registrados no custo das receitas e US$ 261 milhões nas despesas de desenvolvimento de produto.

Além das despesas não recorrentes no trimestre, a companhia registrou perdas cambiais de US$ 107 milhões, impulsionadas principalmente pela intensa desvalorização do câmbio na Argentina.

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