O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou que o mercado de capitais está movimentado apesar do período longo de ausência de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês). “Estamos vivendo hoje uma ressaca de IPOs, mas o mercado de capitais não está parado”, afirmou.
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Em um evento repleto de empresários do setor de construção, Finkelsztain citou a diversidade de instrumentos de capitalização do mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) e a crescente indústria de fundos de investimentos imobiliários (FIIs).
Juntos, esses instrumentos contam com 4,3 milhões de investidores, com um saldo de aplicações na ordem de R$ 530 bilhões.
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Um dos instrumentos que mais têm crescido, segundo ele, são os FIIs, com cerca de duas ofertas de cotas por semana na Bolsa. Outro instrumento em alta são os CRIs, cujo estoque aumentou cerca de 30% neste ano na comparação com o ano anterior.
O presidente da B3 comentou que a concessão de crédito imobiliário pelos bancos foi bem no primeiro semestre, com aumento no volume de financiamentos. Ainda assim, ressaltou a necessidade de diversificação do funding, tendo em vista os limites da poupança e do FGTS.
No cenário macroeconômico, Finkelsztain afirmou que há um cenário mais positivo, tendo em vista que muitas das incertezas econômicas globais começaram a se dissipar. “As taxas de juros estão caindo nos EUA e na Europa”, apontou.
Com isso, o Brasil tem a oportunidade de colocar o controle fiscal no eixo e acompanhar esse ciclo de prosperidade que se desenha lá fora, defendeu. “O Brasil não pode perder essa oportunidade”, enfatizou.
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As declarações ocorreram durante a abertura do Fórum Incorpora, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo.