(Letícia Simionato, Estadão Conteúdo) – O cobre encerrou a sessão desta segunda-feira em queda robusta, após indicadores chineses abaixo do esperado renovarem preocupações com a desaceleração da economia global e derrubarem os preços de commodities.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro recuou 1,39% hoje, a US$ 3,6175 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta de 14h00 (de Brasília), a tonelada do metal caía 1,46%, a US$ 7.993,50.
Em julho, a indústria e varejo da segunda maior economia do mundo cresceram menos do que o esperado. Em meio aos novos sinais de desaceleração, o banco central chinês (PBoC) inesperadamente reduziu algumas de suas taxas de juros e fez uma injeção de liquidez extra nos mercados financeiros.
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Analista-chefe da CMC Markets, Michael Hewson afirma que a relutância da China em relaxar sua política contra a covid-19 provavelmente pesará ainda mais no crescimento econômico. “À medida que o clima fica mais frio, é improvável que as taxas de infecção diminuam, o que significa que a atividade econômica provavelmente permanecerá moderada e a demanda do consumidor permanecerá fraca”, destaca, em relatório enviado a clientes. “Esse pessimismo sobre a economia chinesa, à medida que avançamos no segundo semestre do ano, está se manifestando na fraqueza no atacado nos preços das commodities, principalmente o cobre”, completa.
Para o TD Securities, os mercados de construção e imobiliário chineses continuando a atuar como um obstáculo significativo, o que sugere que a recente recuperação dos preços dos metais industriais foi exagerada. “De fato, agora estamos antecipando um crescimento chinês de apenas 2,9% para este ano, significativamente mais fraco do que a meta oficial de cerca de 5,5%”, prevê. “Nesse sentido, a recuperação nos sinais de demanda de commodities provavelmente perdeu força com uma dinâmica de crescimento mais fraca pesando sobre o complexo de metais”, completa.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio tinha baixa de 0,99%, a US$ 2.409,00, a do chumbo cedia 0,02%, a US$ 2.172,50, a do níquel recuava 4,21%, a US$ 22.045,00, a do estanho perdia 2,29%, a US$ 24.720,00, e a do zinco reduzia 0,68%, a US$ 3.585,00.