O cobre fechou em queda nesta segunda-feira (29), voltando a amargar perdas fortes diante da deterioração na demanda por commodities. Também pesa sobre o preço do metal a valorização do dólar no exterior, que encarece sua aquisição para detentores de outras moedas e tende a reduzir sua atratividade.
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O cobre para setembro fechou em baixa de 0,96%, em US$ 4,0845 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 0,51%, a US$ 9.026,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
De acordo com o TD Securities, o sentimento de demanda por commodities está “extremamente pessimista” neste momento. Particularmente no mercado de cobre, ainda pesam as frustrações com a ausência de estímulos significativos da China após o Terceiro Plenário e sinais praticamente inalterados de perspectivas macroeconômicas globais, indica o banco de investimentos.
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Com opinião semelhante, o ANZ prevê que os preços baixos de metais básicos podem deflagrar cortes na produção, reequilibrando a oferta e demanda no mercado.
Hoje, os investidores ainda aproveitaram a agenda esvaziada para se posicionar antes de semana intensa de catalisadores macroeconômicos, com destaque para as decisões monetárias do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). A perspectiva de diferencial de juros apoiou o dólar contra outras divisas nesta sessão, o que também pesou sobre os preços do cobre.
Em segundo plano, o mercado de metais básicos digere preocupações quanto a possível escalada dos conflitos no Oriente Médio, depois de Israel prometer retaliação contra o Líbano – em resposta à novo ataque do Hezbollah – e bombardear área humanitária na Faixa de Gaza, apesar do andamento de negociações para um cessar-fogo. Em relatório, a Capital Economics avalia que os efeitos em escala global de um conflito de larga escala na região seriam limitados, mas que, se concretizado, traria riscos de alta para os preços de commodities.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 1,42%, a US$ 2.248,50; a do chumbo recuava 0,53%, a US$ 2.065,00; a do estanho caía 0,88%, a US$ 29.415,00; e a do zinco perdia 0,84%, a US$ 2.640,50. Exceção, o níquel subia 0,54%, a US$ 15.910,00.
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