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8 ações que pagaram dividendos acima da Selic nos últimos 3 anos

Empresas influenciadas pelo petróleo e metais foram as principais pagadoras de proventos nos últimos anos

8 ações que pagaram dividendos acima da Selic nos últimos 3 anos
8 ações que pagaram dividendos acima da Selic nos últimos 3 anos. Imagem: Adobe Stock

A próxima semana terá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para definir se a Selic, taxa básica de juros, deve continuar a 10,50 a.a. ou se a taxa será cortada. Nesse cenário, quem deseja ganhar renda passiva por meio dos dividendos precisa ficar atento aos desdobramentos da reunião para não perder patrimônio.

Bora Investir divulgou um levantamento feito por Einar Rivero, consultor financeiro da Elos Ayta Consultoria, nesta matéria, indicando as ações que pagaram dividendos acima da taxa Selic nos últimos 3 anos. Para o cálculo, foi considerado o dividend yield, um indicador que mostra o lucro distribuído em relação ao preço das ações.

Em primeiro lugar, as ações da Petrobras, PETR4 e PETR3, tiveram as maiores medianas nos últimos 3 anos. Logo em seguida, a Gerdau Metalúrgica (GOAU4) e a Bradespar (BRAP3) fecham o pódio das três principais empresas do levantamento. Confira a tabela completa:

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Vale lembrar que os dividendos são uma importante estratégia para os acionistas montarem seu patrimônio com renda variável, pois permitem uma renda passiva pelos investimentos feitos. No entanto, para quem busca uma renda extra com esses proventos é necessário estar atento às empresas a serem investidas - ideal é encontrar aquelas que pagam retornos sólidos e consistentes.

Em entrevista ao Bora Investir, Mônica Araújo, estrategista de Renda Variável da InvestSmart XP, explicou que as três primeiras empresas do levantamento têm seus resultados fortemente influenciados pelo aumento do volume de produção e venda das commodities e, consequentemente, pelo lucro ao final do período.

Ainda, a política de distribuição de dividendos mais agressiva dessas empresas e os dividendos extraordinários também são fatores que ajudam os resultados analisados. No caso da Petrobras, Araújo destaca que a política prevê a distribuição de 40% do fluxo de caixa livre do período. A destinação do restante é avaliada pelo Conselho de Administração.

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“Nos últimos anos, a estatal realizou algumas distribuições extraordinárias, o que a coloca com elevado dividend yield. Porém é importante ressaltar que não necessariamente essa distribuição extraordinária vai virar recorrente, dado que depende de uma série de fatores inclusive do volume de investimentos a serem realizados”, revelou.

Ao mesmo tempo, de acordo com a especialista, Gerdau e Bradespar possuem política de distribuição de 30% do lucro líquido ajustado e, em função dos resultados recentes, têm conseguido manter uma distribuição robusta ao investidor. “Como a Vale (VALE3) é a principal investida da Bradespar, a distribuição de dividendos da holding tem relação direta com a distribuição da mineradora”, comentou.

Já no caso da BrasilAgro, além de buscar uma distribuição acima de 5% de DY, a empresa depende da evolução do preço das commodities agrícolas e eventualmente da alienação de ativos. A Metal Leve, por sua vez, possui política de dividendos como o mínimo legal, mas a distribuição tem ficado acima o mínimo, de acordo com a estrategista, com a forte geração de caixa e baixo nível de investimentos.

Por fim, é possível notar a importância de estar atento às empresas que pagam bons dividendos para entender melhor a sua estratégia de investimentos. É importante ressaltar ainda que o dividend yield projetado apresentado só se concretiza nos casos em que a empresa mantém a mesma política de distribuição de proventos dos últimos 12 meses no próximo ano, assim como o lucro futuro deve ser igual ou maior aos 12 meses anteriores.

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