Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa nesta quarta-feira (10), pressionados pela divulgação do índice de preços ao consumidor americano de março (CPI, na sigla em inglês). O avanço da inflação acima do esperado por analistas reforçou a perspectivas de taxas de juros mais altas pelo Federal Reserve (Fed) por um tempo prolongado.
Um dos efeitos da política monetária mais restrita é a valorização do dólar, que pressiona metais como o cobre, cotados na moeda americana. O cobre para maio fechou em baixa de 0,08%, a US$ 4,2820 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 0,38%, às 14h00 (de Brasília), a US$ 9.391,00 a tonelada. O CPI dos EUA acima das expectativas – o terceiro em seguida – significa que o Fed não terá pressa de cortar juros até que as pressões inflacionárias diminuam, diz o CIBC.
Tanto o CPI quanto seu núcleo subiram 0,4% em março ante fevereiro, superando expectativas de alta de 0,3% em ambos os casos. Já a taxa anual do CPI acelerou para 3,5% no mês passado, enquanto a do núcleo permaneceu em 3,8%. Como resultado, o dólar acelerou alta ante as principais moedas do mundo, o que empurrou o índice DXY, que mede a divisa americana contra seis outras fortes, ao maior nível desde novembro do ano passado.
Por sua vez, a perspectiva renovada do Bank of America (BofA) para os metais inclui vê o cobre como o epicentro da transição energética, o que constrói um cenário de potenciais novas altas para a commodity. As estimativas de preços para uma série de metais foram elevadas e as metas de preços para a maioria das ações de metais e mineração que o BofA cobre aumentaram com isso.
Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava em alta de 0,49%, a US$ 2.470,50; a do chumbo perdia 0,19%, a US$ 2.158,00; a do níquel ganhava 0,96%, a US$ 18.455,00; a do estanho saltava 2,58%, a US$ 31.830,00; e a do zinco tinha alta de 1,44%, a US$ 2.750,00.