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Cobre avança com menor liquidez e rejeição de Constituição chilena

O analista da corretora Marex explica que a oferta global de metais está apertada, o que apoia as cotações

Cobre avança com menor liquidez e rejeição de Constituição chilena
Textura de fios de cobre. Foto: Envato Elements

(André Marinho, Estadão Conteúdo) — Os contratos futuros de cobre avançaram nesta segunda-feira, em meio a novas sinalizações de estímulos econômicos na China. Em dia de menor liquidez, por conta de um feriado que suspendeu os negócios nos Estados Unidos, investidores monitoraram ainda o resultado do referendo que rejeitou a nova Constituição no Chile, maior produtor global do metal.

No pregão eletrônico da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para dezembro subia 1,00%, a US$ 3,4475 a libra-peso, por volta das 14h25 (de Brasília). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses ganhava 1,44%, a US$ 7.661,00 por tonelada.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China recuou de 54,0 em julho para 53,0 em agosto, de acordo com pesquisa divulgada pela S&P Global e a Caixin Media. O indicador corrobora a análise de que a segunda maior economia do planeta desacelera, diante de restrições rígidas para conter a covid-19 e uma onda de calor.

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Para tentar atenuar o movimento, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) anunciou, nesta segunda-feira, uma nova redução de compulsório bancário (RRR, na sigla em inglês), em dois pontos porcentuais, a 6%. Também hoje, o vice-presidente do PBoC, Liu Guoqiang, indicou que ainda há muito espaço para relaxamento da política monetária.

Também no radar do mercado, os chilenos decidiram rejeitar a nova Carta Magna proposta pela assembleia constituinte, em uma derrota ao presidente Gabriel Boric. Apesar das incertezas políticas, os resultados foram bem recebidos nos mercados. Pela relevância do Chile na produção, o noticiário local tende a ter efeitos sobre os preços.

O analista Zenon Ho, da corretora Marex, explica que a oferta global de metais está apertada, o que apoia as cotações. “A demanda pode estar fraca agora devido à inflação, à medida que os consumidores apertam as carteiras e reduzem os gastos e a demanda agregada, mas a oferta de metais básicos também é um problema”, analisa.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio perdia 0,65%, a US$ 2.290,00; a do chumbo ganhava 0,40%, a US$ 1.894,00; a do estanho avançava 2,64%, a US$ 21.490,00; a do zinco aumentava 1,53%, a US$ 3.185,00; e a do níquel se elevava 3,74%, a US$ 21.490,00.

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