(Ilana Cardial, Estadão Conteúdo) – O contrato mais líquido do ouro acompanhou a cautela global nesta segunda-feira e fechou em baixa. Operadores renovaram suas preocupações com o desempenho da economia mundial após uma série de dados piores do que o esperado na China, corte de juros pelo banco central do país e atividade industrial também aquém da expectativa nos Estados Unidos.
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O ouro para dezembro registrou queda de 0,96%, a US$ 1.798,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A busca por segurança predominou nos mercados internacionais nesta sessão, o que favoreceu o dólar ante rivais. O fortalecimento da divisa americana eleva o preço das commodities para detentores de outras moedas, além do dólar competir com o ouro como porto seguro dos investidores.
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A cautela se deu na esteira de dados considerados fracos na China: a produção industrial desacelerou as vendas no varejo vieram aquém da previsão, assim com o investimento em ativos fixos no país. A taxa de desemprego caiu e as vendas de moradias também pioraram no país asiático. Como mostra reportagem especial do Broadcast, analistas reforçaram preocupações com a economia chinesa e ao menos parte deles vê o corte de juros em 10 pontos-base pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) como insuficiente para reverter a desaceleração.
Nos EUA, foi o índice de atividade industrial que trouxe surpresa negativa. A expectativa do mercado era de queda a 5,0 em agosto, mas leitura do Federal Reserve (Fed) de Nova York mostrou tombo a -31,3. Ainda, os operadores do metal precioso se mantêm atentos às conversas sobre o pico de inflação nos EUA, afirma o TD Securities. Apesar de expectativas no mercado, o banco de investimentos prevê que um pivô dovish do Fed segue improvável.