O ouro fechou em baixa nesta quinta-feira (6), em meio à alta nos retornos dos Treasuries, em sessão marcada por dados surpreendentes de emprego dos Estados Unidos e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que firmaram as apostas por novas altas de juros do banco central americano.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,60%, a US$ 1.915,40 por onça-troy.
O relatório de emprego da ADP mostrou que o setor privado americano criou 497 empregos em junho, quase o dobro da estimativa de 250 mil de analistas consultados pela FactSet, fazendo com que crescesse a chance – já majoritária – de o Fed elevar a taxa básica nesta próxima decisão. “Se uma alta nos juros neste mês ainda não era certa, agora provavelmente é”, comentou o analista da Oanda Craig Erlam.
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Na sequência, o discurso da presidente da distrital do Fed de Dallas, Lorie Logan, deu ainda mais convicção ao mercado da inclinação hawkish dos dirigentes com direito a voto. Logan defendeu que é preciso deixar política monetária mais restritiva para controlar a inflação, e que teria sido apropriado elevar os juros na última decisão, do mês passado.
Com a expectativa reforçada, os juros dos Treasuries dispararam, elevando a atratividade dos títulos públicos americanos, com quem o ouro compete.
Erlam comentou que a breve recuperação do ouro observada anteriormente parece ter acabado, com o preço da commodity já se mostrando em dificuldades antes de o ADP derrubá-lo de vez. “O metal voltou a ser negociado logo acima de US$ 1.900, um nível que agora parece muito vulnerável diante do relatório de emprego payroll que será divulgado amanhã”, disse em relatório. O relatório do ADP pode indicar que o payroll será mais um dado que mostrará o mercado de mercado de trabalho aquecido.