O ouro fechou em queda nesta terça-feira (8) e estendeu as perdas de segunda-feira, enquanto investidores seguem cautelosos com a possibilidade do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) aumentar os juros mais uma vez na reunião de setembro, com alta demanda por Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) longos e dólar fortalecido.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,48%, a US$ 1.960,50 por onça-troy.
Segundo a Oanda, a alta do dólar de hoje justifica mais um dia de enfraquecimento do metal precioso. Além disso, ele avalia que o mercado tem reagido às falas da diretora do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, que indicou ontem que novos apertos monetários serão necessários para o Fed voltar a inflação à meta de 2% ao ano no longo prazo. “Ainda há uma incerteza considerável sobre quanto tempo as taxas permanecerão altas e com que rapidez elas cairão quando finalmente o fizerem. Isso continua sendo um vento contrário significativo para o ouro”, disse, em nota.
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Segundo a empresa, a queda de hoje foi contida quando comparada à retração dos demais metais, porque os dados decepcionantes da balança comercial chinesa fizeram com que alguns investidores apelassem para o ativo de segurança.
Para a Capital Economics, o recuo no preço do ouro visto nas últimas semanas é justificado pelo menor interesse de investidores em buscar um porto-seguro, já que os grandes temores enfrentados no primeiro semestre, como a crise do teto da dívida dos EUA e as turbulências bancárias, parecem estar chegando ao fim.