O ouro fechou em alta nesta segunda-feira (18), com atratividade beneficiada pelo dólar fraco no exterior. Em dia de agenda esvaziada, investidores se alinham para a decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) nesta quarta-feira, 20.
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O contrato do ouro para dezembro fechou em alta de 0,37%, em US$ 1.953,40 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A atratividade do ouro nesta segunda-feira foi ampliada pelo enfraquecimento do dólar no exterior, enquanto os mercados alinham expectativas para a decisão do Fed e precificam de forma ampla uma pausa no aperto monetário em setembro, conforme monitoramento do CME Group.
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Para a Oanda, o movimento representa uma “esperança” de que o Fed adote uma postura mais dovish do que o esperado, assim como o Banco Central Europeu (BCE) na semana passada, o que daria apoio ao metal precioso.
Já o Bank of America (BofA) avalia que pode estar surgindo uma “oportunidade de compra” no mercado de ouro e projeta que os preços devem avançar no médio prazo, atingindo cerca de US$ 2.046 a onça-troy até 2025.
Em relatório, o Julius Baer nota que o mercado de ouro “reacendeu” na China, com os preços domésticos disparando para novos níveis recorde. “As razões para o aumento permanecem bastante indefinidas, incluindo uma combinação de aumento da procura de investimento devido à depreciação do yuan chinês e uma limitação nas licenças de importação para evitar a fuga de capitais”, nota o banco. Hoje, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) suspendeu as restrições temporárias às importações de ouro para reduzir a escalada do preço do metal precioso no país.
Contudo, o Julius Baer alerta que esta expansão do mercado chinês não muda as expectativas para o mercado físico de ouro, cujos preços devem arrefecer nos próximos meses a não ser que uma “recessão global plena” se concretize.
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