O ouro fechou em alta nesta segunda-feira (29), mantendo-se acima da marca psicológica de US$ 2.000 por onça-troy, o que favorece um rali do preço do metal em um futuro próximo, segundo afirmam especialistas. “O mercado de ouro está em uma caixa de pólvora, e são muitos os eventos que podem desencadear a chama para o metal explodir”, escreve o TD Securities.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 fechou em alta de 0,40%, a US$ 2.025,40 por onça-troy. Traders balizam suas apostas enquanto aguardam as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e do Banco da Inglaterra (BoE). Paralelo a isto, as tensões no Oriente Médio permanecem elevadas, após um grupo apoiado pelo Irã atacar uma base militar dos EUA na Jordânia.
Apesar do ganho de hoje, o ouro vem se movimentando lateralmente nas últimas semanas, como aponta a análise do TD Securities. O banco de investimentos canadense destaca, porém, que a próxima reunião do Federal Reserve, bem como próximos dados do payroll dos EUA, podem impulsionar o metal, que no momento vem sendo contido por posições vendidas do ouro. “Isso isola os preços do ouro de divulgações
de dados agressivos e aumenta as assimetrias ascendentes”, afirma o TD, ao pontuar que, assim que um ciclo de cortes de juros pelo Fed estiver mais consolidado, o preço deverá caminhar para novas máximas históricas.
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A análise do Heraeus vai para a mesma direção. Segundo a casa, como o mercado reduziu sua convicção de que o primeiro corte de juros acontecerá em março, investidores podem estar esperando uma consolidação das apostas. Quando os cortes acontecerem, avalia o Heraeus, o dólar se enfraquecerá contra rivais e “isso será positivo para o ouro”.