O contrato mais líquido do ouro fechou em queda nesta segunda-feira (31), às vésperas da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que deverá determinar o possível aumento da taxa de juros em 75 pontos-base.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,24%, a US$ 1.640,70 por onça-troy.
Em meio a especulações sobre a possível alta na taxa de juros nesta quarta-feira, após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), as bolsas de Nova York recuaram, ao passo que os juros dos Treasuries operam em alta e o dólar se fortalece ante moedas rivais, pressionando os preços do metal precioso nesta sessão.
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Segundo Edward Moya, do grupo Oanda, o ouro está começando a mostrar “sinais de vida”, mas ainda será difícil ganhar algum impulso até que a inflação esteja em declínio.
Na Europa, a zona do euro registrou inflação recorde em outubro, de 10,7% na comparação anual. Segundo o ING, o índice dará mais munição à ala hawkish do Banco Central Europeu (BCE). O Commerzbank afirma que o dado de hoje da inflação da zona do euro aumenta a chance de que o BCE eleve os juros em 75 pontos-base (pb) novamente em dezembro. O banco, entretanto, disse em relatório que a perda de fôlego na economia e a recessão prevista para o inverno local devem fazê-lo elevar os juros em 50 pontos-base (pb) na próxima reunião, de dezembro, após a alta de 75 pb da última semana.
Também foi divulgado hoje o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que avançou 0,2% entre o segundo e o terceiro trimestre. O mercado também está de olho no Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que divulga as nova decisão monetária na quinta-feira.