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Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3): o que o Itaú BBA espera do acordo

Itaú BBA diz que mesmo sendo um acordo inesperado, as empresas estão em linha, já que se concentram em seus respectivos nichos

Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3): o que o Itaú BBA espera do acordo
Foto: Divulgação/Minerva
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  • Se o crescimento esperado do Ebitda da Minerva for concretizado, o BBA vê a transação se materializando em um múltiplo EV/Ebitda de 5 vezes - um tíquete considerado justo para atingir metas de longo prazo.

O Itaú BBA avalia que o acordo entre a Minerva (BEEF3) e a Marfrig (MRFG3) é inesperado, mas está em linha com as estratégias amplamente conhecidas das duas companhias, uma vez que se concentram em seus respectivos nichos. Enquanto a Minerva busca consolidar sua posição como maior exportadora de carne bovina da América do Sul, a Marfrig está focada em consolidar uma mudança no mix de seu portfólio em direção à categoria de maior valor agregado.

O BBA estima ainda que a Minerva está apostando na recuperação do ciclo pecuário brasileiro, ao passo em que a Marfrig busca acelerar sua desalavancagem, complementando as ofertas de ações recentemente anunciadas nas operações da Marfrig e da BRF.

Se o crescimento esperado do Ebitda da Minerva for concretizado, o BBA vê a transação se materializando em um múltiplo EV/Ebitda de 5 vezes – um tíquete considerado justo para atingir metas de longo prazo. “No entanto, notamos que alguns investidores poderão observar um aumento do risco de execução no muito curto prazo. Esperamos obter uma visão mais granular sobre o ritmo de recuperação da margem e o fluxo de caixa do acionista (FCFE) do ativo adquirido na teleconferência de hoje”, afirmam Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, em relatório enviado a clientes.

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Já as implicações do acordo para a tese de investimento da Marfrig são duplas, segundo o BBA: o impacto imediato da desalavancagem poderia levar a uma menor percepção do risco para o balanço da empresa, diminuindo potencialmente o custo do capital próprio da Marfrig; e seu potencial de conversão de Ebitda em fluxo de caixa do acionista (FCFE) poderá melhorar à medida que produtos de valor agregado ganhem espaço na estrutura da Marfrig.

Assim, os analistas ponderam que o acordo pode desencadear uma reavaliação da Marfrig, em termos de redução de risco do balanço e melhoria do mix. Após a transação, o BBA estima que a alavancagem da companhia diminua de 4,1 vezes para 3,1 vezes.

“Nesse sentido, vemos o momento do acordo como ideal, dada a rápida deterioração das expectativas de rentabilidade da carne bovina dos EUA devido à desaceleração do ciclo pecuário na região. Acreditamos que a melhoria do balanço patrimonial da Marfrig provavelmente a deixará em melhor posição para enfrentar a turbulência que poderá surgir à medida que a disponibilidade de gado nos EUA diminua nos próximos anos”, comentam Troyano e Tomazetto.

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