Fundadores da Tok&Stok contestam investigação da Mobly sobre "conluio" em OPA

Por Jenne Andrade

23/04/2025 | 14:18 Atualização: 23/04/2025 | 14:18

Ações da Mobly enfrentam volatilidade em meio à troca de acusações (Foto: Adobe Stock)

A família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, afirmou que os administradores da Mobly (MBLY3) estão conduzindo uma “campanha inescrupulosa” para tentar barrar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) que foi proposta por eles no início de março. Na prática, os Dubrule tentam adquirir o controle da Mobly, mas a empresa, além de questionar o preço da oferta de aquisição, também alega ter identificado sérias irregularidades na atuação dos proponentes.

Na última terça-feira (22), a Mobly soltou um fato relevante em que aponta ter encontrado indícios de um conluio firmado entre membros da família Dubrule e a Home24, empresa que detém 44,3% do capital social da empresa. O objetivo do acordo, segundo a Mobly, seria fazer com que os Dubrule comprassem ações da Home24 em condições diversas àquelas estabelecidas no edital da OPA. No edital, os Dubrule propõem adquirir 100% das ações da companhia, ao preço de R$ 0,68 por papel – ou seja, os investidores teriam que lidar com desconto de 30% sobre o preço atual.

Em resposta enviada à empresa e divulgada nesta quarta (23), os fundadores da Tok&Stok negaram qualquer tipo de “acordo” para compra de participação acionária da Home24 à revelia das condições do edital e que as acusações lançadas pelos administradores da Mobly são uma demonstração de “desespero”. Para os Dubrule, os gestores da companhia, na verdade, tentam proteger “seus próprios empregos”.

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Além de tomarem medidas cabíveis contra a administração da Mobly, a Regain Participações e Paul Jean Marie Dubrule, que assinam a comunicação, afirmam ter pedido à B3 para incluir no edital da OPA o compromisso “irrevogável e irretratável” de pagar a todos os acionistas que venderem suas ações na OPA o dobro de qualquer valor por ação eventualmente pago a mais para a Home24. Isto para demonstrar a convicção de que a Mobly não conseguirá comprovar as acusações.

Já a Mobly afirma não ter recebido o edital atualizado com este “compromisso” sinalizado pelos Dubrule. Até o início da tarde desta quarta-feira, a MBLY3 caía 5,22%, cotada a R$ 1,09.

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