O dólar avançou contra moedas desenvolvidas nesta terça-feira (9), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, não dar muitas pistas sobre cortes de juros durante testemunho no Senado dos Estados Unidos.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 161,28 ienes, o euro caía a US$ 1,0816 e a libra tinha queda a US$ 1,2790. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,12%, a 105,129 pontos.
Hoje, Powell endossou seu discurso recente, de que há progresso na inflação, mas ainda é preciso um pouco mais para cortar juros. Ele descartou uma elevação de juros como o próximo movimento do Fed e disse que a inflação não precisa estar em 2% ao ano para começar os cortes, mas sinalizou cautela. Na visão do ING, é preciso mais uma rodada de “boas leituras” inflacionárias para que o Fed se movimente. O banco holandês espera que, durante o simpósio de Jackson Hole, que acontece em agosto, Powell dê sinais mais fortes de que os cortes de juros começarão em setembro deste ano.
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Segundo o Bank of America (BofA), a liquidação do dólar vista na semana passada tende a continuar nos próximos dias, apesar da pausa momentânea no início desta semana. A impressão do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano de junho, que sai nesta quinta-feira, deve atuar como o catalisador do enfraquecimento da moeda americana, diz o estrategista de câmbio do BofA Vadim Iaralov. Ele pontua também que, apesar da força recente da libra após as eleições em 4 de julho, a moeda do Reino Unido tem espaço para avançar ainda mais nos próximos dias, a menos que o CPI dos EUA surpreenda para cima.
“Dado que o primeiro-ministro trabalhista, Kier Starmer, e a ministra das Finanças, Rachel Reeves, são considerados favoráveis ao mercado, e o resultado das eleições era amplamente esperado, a libra continua apoiada”, afirma o City Index, ao esperar um movimento lateralizado da libra contra o dólar nos próximos dias.
Enquanto as eleições do Reino Unido trouxeram uma vitória do partido trabalhista, já na França, o partido de extrema-direita de Marine Le Pen não conseguiu vencer o segundo turno. Com isso, a Capital Economics pontua que o pior cenário para o mercado financeiro local foi evitado, mas o caminho para a redução do déficit fiscal francês “será mais difícil do que antes da eleição”, com perspectivas políticas mais instáveis. Mesmo assim, as questões políticas francesas não devem impactar o valor do euro contra a moeda britânica tanto quanto se imagina, diz a consultoria.
“A recuperação do euro nas últimas semanas sugere-nos que o risco político não desempenhará o papel principal nas suas perspectivas”, diz a Capital, ao destacar que o diferencial de juros entre as duas economias deve favorecer a zona do euro.
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