O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta quinta-feira (20), com o euro subindo e a libra oscilando. Houve volatilidade para a moeda britânica, com investidores analisando o quadro político, no dia em que a premiê Liz Truss anunciou que deixará o posto no Reino Unido.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 150,24 ienes, o euro avançava a US$ 0,9781 e a libra tinha baixa a US$ 1,1214. O DXY registrou queda de 0,09%, a 112,881 pontos.
A libra esteve em foco, após a primeira-ministra britânica sucumbir à pressão e anunciar sua saída do comando do Partido Conservador e, consequentemente, do comando do governo do país. Truss perdeu popularidade e apoio de aliados rapidamente, após seus planos fiscais serem mal recebidos. Mesmo depois do recuo em boa parte dessas propostas, ela continuou a ser pressionada e anunciou hoje sua saída do cargo.
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O ING afirma, de qualquer modo, que a libra ainda embutirá um “prêmio de risco”, mesmo com a saída da premiê. O banco diz que a moeda local “parece vulnerável, em um ambiente de mais força do dólar”. O ING destaca que o movimento nos mercados hoje foi contido, o que para o banco mostra que o processo de se apontar o novo líder no Partido Conservador não deve implicar mais incerteza política. Além disso, comenta que é normal a libra retomar apenas parte de perdas recentes, pelo contexto de altas nos juros nos EUA que puxam os retornos dos Treasuries e o dólar para cima.
A Western Union, por sua vez, afirma que o euro era apoiado pelo índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha. O dado da maior economia da região reforçou apostas de Banco Central Europeu (BCE) duro para conter a inflação na zona do euro.
Já o dólar seguiu apoiado pelos sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Presidente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker disse que os juros devem ficar em nível restritivo “por algum tempo” nos EUA, após pausa nas altas em 2023. Ele disse que a “falta de progresso até agora” para conter a inflação era “francamente decepcionante”.
O iene também está em foco, após ter batido mínimas em 32 anos frente ao dólar. Para a Oanda, há crescente pressão para que o governo japonês intervenha para apoiar a moeda local. O dólar rompeu a barreira dos 150 ienes pela primeira vez desde 1990, lembra o BMO Capital, complementando que agora há especulações sobre se poderia haver intervenção oficial para segurar a moeda ou uma mudança na política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
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Entre moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar caía a 18,5851 liras, de 18,5897 liras no fim da tarde de ontem, após a lira ter recuado mais cedo. Hoje, o Banco Central da Turquia cortou a taxa básica de juros pela terceira vez consecutiva, de 12,0% a 10,5% mesmo com a inflação elevada, ante pressão do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, por juros mais baixos para apoiar a economia. A Capital Economics diz que o BC turco “avança mais rumo ao desconhecido” e considera que a pressão de baixa sobre a lira deve aumentar.