O euro recuou hoje, em dia de publicação da ata da reunião de dezembro do Banco Central Europeu (BCE). O impulso, porém, foi limitado, e o dólar tampouco mostrou grande fôlego, oscilando perto da estabilidade em meio a alguns indicadores e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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No fim da tarde de Nova York, o dólar subia a 148,21 ienes, o euro tinha baixa a US$ 1,0868 e a libra subia a US$ 1,2694. O índice DXY – que mede o dólar ante seis rivais fortes – avançou 0,08%, a 103,536 pontos, após oscilar entre perdas e ganhos no dia.
Na agenda europeia, o BCE afirmou em sua ata que ocorre uma queda “acentuada” na inflação da zona do euro nos últimos meses, em movimento encorajador para ele. A instituição previu que o índice cheio dos preços ganhará fôlego no curto prazo, mas terá queda gradual no restante deste ano. Nesse contexto, o BCE reafirmou sua postura dependente de dados, deixando as opções em aberto e sem adiantar os próximos passos.
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Ao avaliar a ata, o ING via o BCE ainda “longe de relaxado” em relação ao quadro inflacionário. Para o banco holandês, a ata mostra uma discussão sobre corte de juros ainda distante entre os dirigentes. No câmbio, o euro teve leve enfraquecimento após a ata.
Nos EUA, na agenda de indicadores os pedidos de auxílio-desemprego tiveram queda de 16 mil na semana, a 187 mil, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 205 mil. As construções de moradias iniciadas caíram 4,3% em dezembro ante novembro, ante previsão de baixa de 8,1% dos analistas.
Entre dirigentes do Fed, Patrick Harker (Filadélfia) afirmou que a inflação deve continuar a arrefecer nos EUA, enquanto o risco de recessão diminui. Raphael Bostic (Atlanta), por sua vez, disse que os juros devem ser cortados no terceiro trimestre, em seu cenário-base, embora ele também tenha ponderado que é preciso ver como os dados evoluem. Na avaliação da economista-chefe da Stifel Financial, Lindsey Piegza, o mercado pode estar equivocado em sua precificação sobre o Fed, que não deve ter pressa em cortar juros em quadro de economia e mercado de trabalho fortes e inflação ainda elevada.
Entre moedas emergentes, o dólar blue renovou recorde histórico novamente ante o peso na Argentina, em 1.240 pesos no fim desta tarde, segundo o jornal Ámbito Financiero. A Capital Economics comentava que, apesar dos planos fiscais “ambiciosos” do presidente Javier Milei, mais uma reestruturação de dívida seria necessária para restaurar a sustentabilidade da dívida do país. No câmbio oficial, no horário citado o dólar avançava a 819,3304 pesos argentinos.
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