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Moedas Globais: dólar avança no exterior após dados de emprego nos EUA

Moedas Globais: dólar avança no exterior após dados de emprego nos EUA
Foto: Envato Elements

O dólar operou em alta globalmente hoje, após a divulgação de dados fortes de emprego nos Estados Unidos, que abrem espaço para a manutenção do aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O índice DXY subiu 0,76%, aos 105,052 pontos. Ao fim da tarde, o dólar avançava a 132,32 ienes, o euro recuava a US$ 1,0526 e a libra tinha baixa a US$ 1,1912.

Com o relatório de empregos do setor privado dos EUA mais forte que o previsto, o dólar ganhou fôlego e aumentou as altas durante o dia. A melhora da moeda americana ante um mercado de trabalho forte já havia sido prevista pela ING, que destacou que o dado seria o principal para o câmbio hoje.

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A avaliação nos mercados é de que os indicadores servem de sinal verde para que o Fed siga subindo juros. “Por enquanto, o Fed precisa seguir o roteiro e dizer que as taxas permanecerão mais altas por mais tempo”, avalia o analista Edward Moya, da corretora Oanda.

A expectativa, agora, é pela divulgação do relatório de emprego do Departamento de Trabalho americano, o payroll, amanhã. Analistas esperam criação líquida de 210 mil vagas em dezembro, conforme a mediana das estimativas de 27 economistas consultados pelo Projeções Broadcast.

Hoje, comentários dos presidentes das distritais do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, e em Kansas City, Esther George, confirmam intenção da autoridade monetária de seguir com a alta dos juros.

À tarde, o líder da regional de St. Louis, James Bullard, comentou que a inflação segue “muito alta”, mas deve começar a cair de forma mais consistente em 2023. Ainda assim, ele defendeu a necessidade de levar os juros a níveis “suficientemente restritivos”.

Do outro lado do Atlântico, o presidente do Banco da França e dirigente do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, defendeu que o BC europeu deve buscar atingir, até o próximo verão europeu, a taxa terminal dos juros básicos, isto é, aquela que encerra o ciclo de aperto monetário.

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“Seria desejável atingir a ‘taxa terminal’ correta no próximo verão no Hemisfério Norte, mas é muito cedo para prever esse nível”, argumentou, em discurso para marcar o início do ano.