O dólar se depreciou no exterior, com destaque para o iene nesta quinta-feira (7). A moeda japonesa saltou ao maior nível nos últimos quatro meses, após acenos do presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, em direção a uma política monetária menos relaxada.
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Assim, o índice DXY caiu 0,59%, aos 103,541 pontos. Ueda afirmou hoje que gerenciar a política monetária do banco “se tornará mais desafiador ao longo do fim deste ano até o próximo ano”. Além disso, ele falou ao primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que o BoJ examinará a força da demanda interna e as perspectivas salariais para o próximo ano ao orientar a política monetária, e que existem “várias opções” sobre as taxas de juros.
“O mercado interpretou que isso significa aumentar as taxas de juros, sair dessa condição de taxas de juros nominais negativas, e isso deu o ímpeto para o iene e ainda mais perda para o dólar em relação às demais divisas”, comentou André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, ao Broadcast.
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Neste contexto, o iene exacerbou a pressão que o DXY já vinha recebendo de mais cedo, quando foi revelado um avanço nos números semanais de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. A leitura veio em linha com o consenso de analistas consultados pela FactSet. “Dados econômicos americanos recém divulgados sugerem uma visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tem encerrado o aperto monetário, visto que dados do mercado de trabalho terem vindo abaixo das expectativas”, comentou o gerente da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio, Marcio Riauba.
Do outro lado do Atlântico, o euro subia a US$ 1,0802 a libra avançava a US$ 1,2591 por volta das 18h (de Brasília). O franco suíço recuava a 0,9453 euros, mas chegou a bater máximas desde 2015 contra o euro, na expectativa para o futuro da política monetária dos BCs locais, que decidem juros na semana que vem.
“O que parece estar acontecendo que as expectativas de flexibilização do Banco Central Europeu (BCE) aumentaram ainda mais do que em relação ao BC da Suíça (SNB, na sigla em inglêS). Dois cortes de juros do SNB estão previstos até o fim de 2024, contra quase seis do BCE”, comentou o Brown Brothers Harriman (BBH) em nota a clientes.
O banco de investimento não espera nenhuma mudança de política pelo BC suíço na reunião da próxima semana, mas acredita que a autoridade monetária recuará contra a força do franco, primeiro criticando e depois intervindo, se for necessário.
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Na América Latina, o dólar subia a 17,4736 pesos mexicanos, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do México reforçar a perspectiva de corte de juros pelo banco central mexicano (Banxico). O dólar subia a 363,9065 pesos argentinos no mercado oficial; o dólar blue avançava a 990,00 pesos. O mandato do ultra-libertário Javier Milei se inicia no próximo domingo.