O dólar caiu hoje, com investidores avaliando indicadores dos Estados Unidos. A libra, por sua vez, subiu após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manter a política monetária, mas elevar projeções para o crescimento e a inflação no Reino Unido, sem antecipar quando poderá cortar os juros. O euro também se valorizou, em dia de inflação um pouco acima do previsto na zona da moeda comum.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 146,33 ienes, o euro avançava a US$ 1,0872 e a libra tinha alta a US$ 1,2746. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,22%, a 103,048 pontos.
O BOE manteve os juros, como esperado, em decisão dividida. Seis dirigentes votaram para não alterar a taxa, dois preferiam elevá-la em 25 pontos-base e uma votou por um corte da mesma magnitude. O BC britânico ainda publicou projeções atualizadas, com trajetória mais elevada para o crescimento e a inflação, e seu presidente, Andrew Bailey, disse que ainda é preciso haver maior certeza sobre a trajetória dos preços, antes de se decidir por corte nos juros.
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Não havia consenso entre analistas sobre quando o BOE pode começar a relaxar sua política. Na avaliação do Rabobank, isso pode ocorrer em setembro. No câmbio, este banco considera que a libra pode recuar a US$ 1,25 em três meses, para depois retomar fôlego no segundo semestre, rumo a US$ 1,30, conforme o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) avança em seu ciclo de relaxamento monetário.
Na agenda de indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 2,8% em janeiro, na comparação anual. Ele continua a desacelerar, mas ficou um pouco acima da previsão de avanço de 2,7% dos analistas. Já a taxa de desemprego seguiu na mínima recorde em dezembro, de 6,4%. Entre os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Mário Centeno disse que, caso a inflação mantenha trajetória de queda, o próximo passo será um corte nos juros. Em linha similar, Constantinos Herodotou comentou que os cortes devem começar neste ano, caso não ocorram surpresas.
Nos EUA, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) avançou de 47,4 em dezembro a 49,1 em janeiro, ante previsão de 47,2 dos analistas ouvidos pela FactSet. Já o custo unitário da mão de obra subiu 0,5% na preliminar para o quarto trimestre, ante expectativa de avanço de 2,0%. Os dados, porém, não deram fôlego ao dólar, o que fez o índice DXY estender as perdas de ontem. O quadro de recuo nos juros dos Treasuries hoje colaborou para pesar sobre a divisa americana.