A Fitch Rating avalia que a venda da Avon International na América Central deve aumentar a rentabilidade de Natura (NATU3). Em relatório, a classificadora destaca que a Avon International reportou Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) negativo ou próximo a zero nos últimos cinco anos, limitando significativamente a capacidade de geração de caixa e a rentabilidade da companhia.
Além disso, a Natura emitiu uma nova linha de crédito de US$ 25 milhões e vencimento em cinco anos, podendo receber até £ 60 milhões, a depender do desempenho da Avon International nos próximos anos.
“Esperamos que a Natura aumente significativamente a rentabilidade nos próximos anos, com margem Ebitda ultrapassando 13% a partir de 2026, ante projeção de 10% em 2025”, aponta.
A projeção considera que a integração entre as marcas Natura e Avon (Onda 2) será concluída ao final deste ano, com a finalização da integração na Argentina e México, e redução significativa nos gastos de reestruturação e transformação a partir de 2026.
“Entendemos que o movimento de integração deve trazer maiores sinergias a partir de 2026, com aumento do ticket médio e estabilização do número de consultoras, resultando em nossa expectativa de aumento de margens a partir de 2026”, conclui.
Apesar de informar que o relatório não constitui uma ação de rating, a Fitch traz um resumo da classificação atual da Natura com Rating de crédito brAAA e perspectiva estável, o que já reflete a expectativa de que a Natura melhorará sua rentabilidade em 2026.
A classificação, porém, pode ser rebaixada nos próximos 12 meses se não houver melhora da rentabilidade, ou caso o grupo Natura (NATU3) adote uma postura mais agressiva em termos de fusões e aquisições ou de retorno dos acionistas, pondera a Fitch.