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Natura (NTCO3): XP diz o que fazer com a ação após prejuízo de R$ 859 milhões

Os analistas comentam que o destaque positivo foi a alta da rentabilidade, medida pela margem bruta consolidada, que aumentou 0,5 ponto porcentual

Natura (NTCO3): XP diz o que fazer com a ação após prejuízo de R$ 859 milhões
A Natura (Foto: Natura / Divulgação)

A Natura (NTCO3) reportou um prejuízo líquido de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre de 2024, piora de 17,4% na comparação com o prejuízo de R$ 732 milhões do mesmo período do ano passado. Analistas da XP Investimentos disseram que o resultado foi misto, com tendências de melhora na Natura na América Latina, mas uma Avon Internacional ainda fraca e efeitos não recorrentes no resultado.

Os analistas comentam que o destaque positivo foi a alta da rentabilidade, medida pela margem bruta consolidada, que aumentou 0,5 ponto porcentual e foi para 64,5%. Segundo os analistas, a melhora aconteceu devido ao melhor mix de produtos e canais na Natura&Co.

“A rentabilidade da  América Latina, com crescimento de 1,1 ponto porcentual, mais do que compensou a pressão da Avon Internacional, que teve queda de 2,3 pontos porcentuais em relação à fabricação de Unidade de Manutenção de Estoque da The Body Shop”, comentam Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam o relatório da XP.

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A Natura reportou um Ebitda ajustado, quer mede o resultado operacional, de R$ 803,5 milhões, alta de 14,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada ficou em 10,9%, avanço de 0,8 ponto porcentual.

“Essa performance foi apoiada pelo desempenho da Natura na América Latina (alta de 1,1 ponto porcentual), onde investimentos mais pesados em marketing foram compensados por eficiências de integração, enquanto a margem da Avon Internacional permaneceu fraca (queda de 1,8 ponto porcentual)”, comentam Eiger, Senday e Sumer.

Natura ajudará Avon em processo de recuperação judicial

Juntamente com os resultados do segundo trimestre, a Natura também publicou um fato relevante anunciando que a Avon solicitou uma recuperação voluntária de acordo com o Chapter 11 para tratar de suas dívidas e passivos herdados. A medida equivale a uma recuperação judicial no Brasil.

A Natura é a maior credora da Avon, a companhia vai apoiar empresa por meio de um DIP (debtor-in-possession) de US$ 43 milhões, ao mesmo tempo em que fará uma oferta de US$ 125 milhões para adquirir as operações da Avon fora dos EUA por meio de um processo de leilão judicial, parte da reestruturação. A Avon da América Latina não faz parte desse processo.

“Se esse pedido for aceito, haverá duas alternativas. A primeira é a Natura ficar com a Avon internacional. sem nenhum risco de litígio; ou outra empresa supera a Natura e fica com a Avon internacional, deixando a Natura apenas com a Natura da América Latina. Em termos de saídas de caixa, está limitado ao DIP de US$ 43 milhões, pois a oferta será feita usando os créditos da NTCO contra a API”, apontam os analistas.

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Em meio a essas estimativas e a melhora da rentabilidade. A XP Investimentos divulga em seu site que recomenda compra para as ações da Natura (NTCO3) com preço-alvo de R$ 21,00 para o fim de 2024, uma alta de 28,21 % na comparação com o fechamento de segunda-feira (12), quando a ação encerrou o pregão a R$ 16,38.