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Verde Asset diminui posição comprada em dólar

Em julho, o famoso fundo Verde registrou ganhos de 1,44% versus um CDI de 0,91%

Verde Asset diminui posição comprada em dólar
Luis Stuhlberger, gestor da Verde Asset (Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO)
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  • Em julho, o famoso fundo Verde, da gestora Verde Asset, subiu 1,44% - acima do CDI de 0,91%
  • No período, a aplicação teve ganhos na posição de juros reais nos EUA, ações, trading e crédito
  • Já as maiores perdas ficaram concentradas nas alocações em moedas e petróleo

Em julho, o famoso fundo Verde, da gestora Verde Asset, subiu 1,44% – acima do CDI de 0,91%. No período, a aplicação teve ganhos na posição de juros reais nos EUA, ações, trading e crédito. Já as maiores perdas ficaram concentradas nas alocações em moedas e petróleo.

“O cenário global passou por mudanças importantes nas últimas semanas, consolidando um consenso em que o ciclo de corte de juros nos EUA se inicia em setembro”, diz a gestora de Luis Stuhlberger, em carta divulgada nesta segunda-feira (12). “Além disso, o Banco Central do Japão (BOJ) passou a adotar uma postura mais dura, provocando uma alta forte no Yen e desmonte de várias posições em ativos de risco correlatos.”

Para a Verde, a forte volatilidade nos mercados globais dos últimos dias é causada principalmente por fatores técnicos. Por isso, a gestora continua comprada em ações e em títulos indexados à inflação nos Estados Unidos. No Brasil, por sua vez, o foco se manteve nos desafios fiscais.

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“O governo entregou contingenciamento e bloqueio de despesas no limite inferior do necessário para manter alguma credibilidade. Ainda assim, não parece haver vontade política de se colocar à frente do problema”, diz a casa. Em relação à política monetária, o entendimento é de que o Banco Central “percebeu” que credibilidade é um fator importante na formação de expectativas econômicas, e sinalizou um tom mais duro em comunicados e discursos recentes.

Com isso, a curva de juros futuros já precifica um ciclo de altas significativo. Ainda assim, a gestora aponta que o país continua tendo dificuldades com um modelo econômico que privilegia o “acelerador fiscal”, demandando o freio monetário (e juros mais altos).

“Em meio a este cenário, reduzimos a posição comprada em dólar e as alocações em inflação implícita, esperando momento melhor para retomá-las”, diz a Verde. O fundo não fez alterações nas alocações em ações globais e no Brasil, assim como as posições compradas em juro real nos EUA. Por outro lado, zerou a fatia em inflação implícita no Brasil.

Em moedas, o fundo Verde continuou com posição comprada em dólar contra o real e rúpia indiana, financiada por posições vendidas no euro e no renminbi chinês. A “pequena” alocação em petróleo permanece, assim como os livros de crédito high yield local e global. Apesar dos ganhos de julho, no ano a aplicação registra retorno de 3,87%, cerca de 62% do CDI do período.

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