

O JPMorgan considera que a Natura (NTCO3) terá uma performance superior a outras varejistas em 2025, destacando que as melhorias operacionais da empresa são mais dependentes de iniciativas internas do que do ambiente macro. Assim, os resultados no curto prazo tendem a ser sólidos, mediante uma maior simplificação dos negócios e cashback.
Para o banco, a separação da Avon provavelmente será o próximo grande catalisador, junto com os resultados operacionais. A estimativa é de que a ação da Natura seja negociada a um múltiplo de 11 vezes a relação entre preço e lucro em 2025, consideradas apenas as operações na América Latina, enquanto a companhia comanda um dos maiores rendimentos de fluxo de caixa livre, que gradualmente tende a ser revertidos em dividendos, acrescenta.
O preço-alvo de R$ 21 representa um potencial de valorização de 65%, e o JPMorgan enxerga espaço para revisões de lucro por ação para cima.
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Já Lojas Renner (LREN3) provavelmente teve um início de 2025 melhor, com resultados no curto prazo potencialmente ajudando a diminuir o ruído após um período de 2023/24 “turbulento”. O JPMorgan argumenta que, embora persistam dúvidas sobre o ritmo de crescimento de médio e longo prazo da empresa, o sell-off das ações, após os resultados abaixo do esperado no quarto trimestre, foi exagerado.
“Além disso, com base em nossas conversas, as revisões de lucros pelo buyside foram muito severas, com as expectativas de lucros se movendo em direção a R$ 1,2-1,3 bilhões, enquanto vemos um risco de alta de 10%”, pondera o banco.
Vivara e Azzas
Para Vivara (VIVA3) e Azzas (AZZA3), a percepção do JP é de que ambas as empresas ostentam balanços sólidos. Contudo, os lucros são altamente dependentes de incentivos fiscais e isso reduz a qualidade deles, particularmente para Azzas. Isso porque os incentivos da Vivara são mais protegidos devido à Área de Livre Comércio da Amazônia, diz a casa.
De acordo com o banco, as empresas têm enfrentado revisões de lucro por ação para baixo em meio a um cenário macro e questões de execução mais desafiadoras. E, no contexto de mudanças de gestão (ou risco de) e preocupações de governança, essas revisões estão sendo ampliadas, destaca a instituição. Contudo, ambas as companhias devem reportar um crescimento de dois dígitos no top line (receita) e ganhos na margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2025.