As ações do Nubank, listadas na Bolsa de Nova York, operam nos maiores patamares em mais de um ano nesta segunda-feira. No começo da manhã, atingiram cotação de US$ 6,63, em alta de 1,69%. É a maior cotação desde o fechamento do dia 22 de abril do ano passado, quando os papéis da fintech chegaram a US$ 6,62, de acordo com dados compilados pelo Broadcast.
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Em maio, a ação do neobanco tem valorização superior a 28%. Para efeito de comparação, o Nasdaq, índice composto por empresas de tecnologia da bolsa de mesmo nome, tem valorização próxima a 5% neste mês. Outras empresas financeiras brasileiras listadas em Nova York também se valorizaram: a PagSeguro sobe cerca de 29%, e a Stone, por volta de 11%.
O Nubank é avaliado em US$ 30,5 bilhões, cerca de R$ 151,6 bilhões, o que lhe confere o posto de segunda empresa financeira mais valiosa do País, atrás apenas do Bradesco (avaliado em R$ 158,6 bilhões) e do Itaú Unibanco (R$ 241,4 bilhões). Mas ainda está distante das máximas atingidas após a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em dezembro de 2021, quando chegou a ser avaliado no equivalente a R$ 305,8 bilhões, pela cotação do dólar à época.
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Há uma semana, o Nubank divulgou o balanço do primeiro trimestre, que foi bem recebido pelo mercado. Nos três primeiros meses do ano, a empresa teve lucro líquido ajustado de US$ 182,4 milhões, mais de 17 vezes maior que o observado no mesmo intervalo de 2022.
Os resultados vieram graças ao aumento da eficiência do neobanco: as receitas cresceram 85% em um ano, enquanto as despesas aumentaram 13% no mesmo período, o que significa que houve uma diluição da estrutura de custos. As provisões contra a inadimplência cresceram 72% em um ano, mas vieram abaixo do esperado, e o mercado considerou que a inadimplência, de 5,5%, aumentou sem sustos.
O desempenho tem feito com que analistas que antes eram pessimistas com o papel migrem para o bloco dos otimistas ou neutros. Após o balanço, o Itaú BBA deu dupla elevação à recomendação para as ações, de “underperform” (desempenho abaixo da média do mercado) para “outperform” (desempenho acima da média).
“Estamos confortáveis em elevar as estimativas e reconhecer que os múltiplos da avaliação tradicional e de curto prazo provavelmente ultrapassarão (as expectativas), dado o momento positivo e o histórico de execução ganho”, escreveu o analista Pedro Leduc, no relatório de revisão da recomendação.
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