O que são e como funcionam as Penny Stocks?

Uma ‘penny stock’ é a ação de uma empresa negociada na bolsa por menos de R$ 1. Traduzida como “ação de centavo”, ou de “tostões”, o termo é usado para se referir a ações de companhias com pouca capacidade de capitalização e que enfrentam problemas de gestão ou estão em processo de falência.

Por ter um preço baixo, as penny stocks sofrem alta volatilidade, oferecem riscos mais elevados e não têm muita liquidez. Por mais que sejam baratas, é preciso cautela na hora de investir: se um investidor compra ações de uma empresa que está em processo de recuperação judicial e decreta falência, todos os centavos investidos vão embora.

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No Brasil, grandes empresas como a Oi, as Livrarias Saraiva já ficaram dias na lista das penny stocks quando estavam enfrentando recuperação judicial.

As ações do IRB (IRBR3), por exemplo, perderam cerca de 97% de seu valor e passaram dias valendo menos de R$ 1 durante a crise da descoberta de fraudes contábeis em 2020.

Como funciona uma penny stock brasileira?

Cada bolsa de valores tem regras específicas para suas ações de centavos. Nos Estados Unidos, por exemplo, as ações vendidas a menos de US$ 5 já são consideradas penny stocks.

No Brasil, toda ação negociada abaixo de um real é uma penny stock e a B3 permite que uma empresa fique somente 30 pregões negociando ações a menos de um real. Depois disso, para não ser multada pela B3 ou até ter suas ações excluídas da bolsa, a empresa deve apresentar um plano de ação e informar ao mercado as medidas que serão tomadas para manter o valor da ação acima de R$ 1.

A medida mais comum tomada por companhias que ficam mais de 30 pregões negociando penny stocks é o chamado grupamento de ações: quando a empresa reduz a quantidade de papéis disponíveis na bolsa para registrar um aumento do valor de face da ação.