A S&P Global Ratings, agência de classificação de risco, rebaixou nesta sexta-feira (03) a nota de crédito de emissor da Oi (OIBR3), de “CCC-” na escala global e “brCCC-” na nacional para “D” (default). O movimento ocorre após a empresa conseguir uma tutela cautelar da Justiça carioca, procedimento que funciona como uma proteção contra credores.
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Dessa forma, as obrigações financeiras da empresa estão suspensas para os próximos 30 dias, tempo que a companhia pode usar no preparo para uma nova recuperação judicial ou na tentativa de um acordo com credores para reestruturar sua dívida.
Na escala da S&P Global, a nota “D” equivale à calote, sinalizando uma dificuldade da companhia em honrar com seus compromissos financeiros. A visão é de que a operadora possui uma estrutura de capital insustentável e fluxos de caixa fracos.
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“Em novembro de 2022, a empresa contratou um consultor financeiro para auxiliar na negociação com os credores e adequar sua estrutura de capital, que ainda era altamente alavancada. O pedido de tutela cautelar da Oi sugere que as negociações demoraram mais do que o esperado, levando a empresa a agir para proteger sua posição de caixa e suas operações”, escrevem Luisa Vilhena e Fabiana Gobbi, autoras do relatório da agência.
No dia 15 de dezembro do ano passado, a Oi tinha saído de uma recuperação judicial de seis anos de duração, que se iniciou em 2016, após a operadora acumular R$ 65 bilhões em dívidas com 55 mil credores.