(Estadão Conteúdo) – O contrato mais líquido do ouro fechou em alta hoje, com maior busca pela segurança do metal precioso, após dados econômicos apontarem para a desaceleração econômica na China e nos Estados Unidos.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou a sessão de hoje com ganho de 0,65%, a US$ 1.789,80 a onça-troy.
Durante a madrugada, a China informou que a produção industrial, as vendas no varejo e os no país investimentos em ativo fixo registraram crescimento abaixo do esperado pelos mercados.
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Já nos EUA, o índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, recuou do nível recorde de 43 em julho para 18,3 em agosto, segundo pesquisa divulgada hoje pela distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
“Dados econômicos decepcionantes da China e uma pesquisa de indústria sem brilho dos EUA em agosto, viram os rendimentos de 10 anos dos Treasuries caírem ainda mais após a queda acentuada na sexta-feira”, disse Michael Hewson, analista de mercado chefe da CMC Markets UK. Isso ajudou a empurrar o ouro preços mais altos “devido à preocupações com uma perspectiva de crescimento mais fraca”, concluiu.
Na visão de Craig Erlam, analista da Oanda, os dados do Índice de Sentimento do Consumidor dos EUA na sexta-feira foram “particularmente bons para o ouro, uma vez que enviaram os rendimentos dos EUA e o dólar fortemente para baixo”.
Segundo o Commerzbank, “o sentimento do consumidor americano tornou-se muito mais sombrio em agosto – isso está sendo atribuído aos aumentos de preços acentuados”, com a inflação sendo um dos temores apontados. O indicador apresentou seu menor resultado em quase uma década.
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No entanto, “a menos que este seja o primeiro de uma série de números econômicos chocantes para os EUA, não acho que sua sorte tenha melhorado drasticamente” avalia Erlam sobre o ouro. “Ele terá dificuldade para quebrar os US$ 1.800 e o fato de que marca o retrocesso de 50% das máximas do início de junho para as mínimas de agosto não vai ajudar em nada”, projeta.