A Pague Menos (PGMN3) registrou uma expansão da margem bruta no quarto trimestre de 2024, mesmo com um mix de vendas “mais fraco”, segundo avaliação do Itaú BBA.
A empresa entregou uma expansão de margem bruta de 50 pontos base (bps). Para o banco, esse resultado foi impulsionado, principalmente, por menores perdas de estoque e melhores negociações comerciais para a Black Friday.
“Esses dois fatores mais do que compensaram o mix de vendas mais fraco, que incluem uma maior participação de medicamentos de marca e uma menor participação de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC)”, afirmaram os analistas Vinicius Pretto, Victor Rogatis e Kelvin Dechen.
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O desempenho inferior do HPC, segundo os profissionais, também foi um tema que repercutiu após a RD Saúde (RADL3) divulgar seus resultados. “Isso levantou preocupações quanto ao impacto da crescente presença dos marketplaces nesta categoria”, disseram.
Essa tendência também foi identificada nos resultados da Pague Menos, com a H&B crescendo 10,3% na comparação anual ante um crescimento consolidado de 17,4%, perdendo 1,7 ponto porcentual (p.p.) em participação nas vendas.
“Este é um tema importante a ser monitorado no setor, pois pode não apenas impactar o crescimento de longo prazo, mas também pressionar a margem bruta devido ao perfil de margem mais alta da categoria HPC”, afirmaram.
Em relação as vendas “mesmas lojas” (SSS), o BBA destaca que ambas as bandeiras da empresa apresentaram números “sólidos”, com SSS subindo 16,5% para a bandeira Pague Menos e 19,8% para a Extrafarma.
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As vendas SSS das lojas Extrafarma convertidas para a bandeira Pague Menos cresceram 29,5%, enquanto as não convertidas, avançaram 14,8%.
Segundo cálculos do banco, esses ganhos de produtividade levaram a um aumento de 35 pontos base (bps) na participação de mercado no Brasil, com ganhos em todas as regiões. Os principais destaques da Pague Menos foram alta de 82 bps no Nordeste, avanço de 34 bps no Centro-Oeste e crescimento de 19 bps no Norte.
