Os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) registraram crescimento de 40% no primeiro semestre de 2023, em relação ao semestre anterior, alcançando patrimônio líquido de R$ 14,7 bilhões em junho.
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No primeiro semestre, foram registrados 69 Fiagro operacionais, incremento de 47% em relação ao semestre anterior. O segmento que mais avançou foi o Fiagro-Imobiliário, que responde por 56% dos fundos e 83% do patrimônio líquido total.
Na carteira desses produtos, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é o principal ativo investido, com R$ 8,3 bilhões, equivalente a 57% do total investido. Os outros ativos são imóveis (12%) e direitos creditórios (12%).
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O mercado de CRA, por sua vez, teve aumento de 5,5%, somando R$ 101 bilhões em carteira em junho de 2023. A maior parte (89%) dos recursos captados são destinados a produtos agropecuários dentro da porteira. Deste total, metade está relacionada à produção, notadamente de grãos e pecuária. O restante se divide igualmente em beneficiamento, industrialização e comercialização.
As debêntures (título de dívidas emitido por empresa para uso dos recursos em projetos específicos) são os instrumentos mais utilizados como lastro na estruturação de CRAs, com R$ 43,8 bilhões, ou 43% do lastro em estoque. Em seguida, aparecem os direitos creditórios, com 36%, ou R$ 36,2 bilhões.
Pouco mais de um terço (37%) das emissões de CRA são destinadas ao público em geral, e o IPCA é o índice utilizado em 66% das emissões. A grande maioria (94%) dos CRA são concentrados, ou seja, tem mais de 20% do lastro atrelado a um devedor. A maior parte (86%) das emissões têm prazo de vencimento entre 3 e 10 anos.
Os dados fazem parte do Boletim CVM do Agronegócio, divulgado hoje pela Comissão de Valores Mobiliários
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